Da redação – Na última segunda-feira (12), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que as greves contra as privatizações de empresas estatais, como Petrobras, Caixa e Eletrobras, são abusivas e os trabalhadores que aderiram às futuras paralisações poderão ter seus salários descontados.
A desculpa para tamanha provocação aos trabalhadores é que essas greves seriam políticas, portanto abusivas.
O reacionário juiz Ives Gandra Martins, ex-presidente do TST e forte apoiador da criminosa Reforma Trabalhista que rasgou a CLT, considerou que as greves não podem ter objetivos políticos que não sejam relacionados às relações de trabalho.
Isso é um argumento absolutamente fascista, e a medida, em si, também é uma medida fascista e que atende de maneira escancarada aos interesses dos tubarões capitalistas estrangeiros que querem abocanhar as empresas públicas brasileiras por meio das privatizações a preço de banana.
Toda greve é uma greve política. Os trabalhadores têm o direito de realizar greves políticas, e ao longo da história do movimento operário brasileiro e mundial as greves políticas foram as mais vitoriosas e que resultaram nos maiores progressos para os trabalhadores.
Impedir que os trabalhadores de empresas estatais a serem privatizadas façam greve contra as privatizações é se declarar inimigo mortal dos trabalhadores e serviçal dos monopólios estrangeiros, é se declarar um capanga do imperialismo para destruir o Brasil, é se apresentar publicamente como um vende-pátria.
Ou seja, para o Tribunal Superior dos Tucanos (mestres em entregar as empresas brasileiras ao imperialismo), os trabalhadores dessas empresas devem ficar apenas observando as empresas em que trabalham serem vendidas, o que significa o rebaixamento de suas condições de trabalho e de seus salários. Caso contrário, se fizerem greve contra isso, devem ser punidos.
Resumindo: O TST (órgão do Estado brasileiro) vai punir os trabalhadores por defenderem o patrimônio nacional, demonstrando que é um órgão a serviço dos patrões contra os operários e, ainda mais, a serviço dos patrões imperialistas contra a própria indústria nacional.
Os trabalhadores não podem se intimidar com essa decisão de um órgão pau-mandado dos patrões e do imperialismo, e devem se organizar imediata e unitariamente (os da Petrobras, da Eletrobras e da Caixa, bem como os de todas as empresas estatais) para efetuar um amplo movimento contra as privatizações, em direção a uma greve geral que mostre aos golpistas e ao imperialismo que o poder da classe trabalhadora organizada é a grande pedra no sapato dos capitalistas, e que tem o potencial de combater e derrotar os sanguessugas do povo brasileiro.