No dia 31 de julho, um entregador de aplicativo Matheus Pires Barbosa, que estava trabalhando, foi até o condomínio Madre Maria Villac em Valinhos no interior de São Paulo fazer uma entrega como de costume. Ao chegar Matheus foi atacado por Mateus Abreu Almeida Prado, que é branco, onde desferiu contra o trabalhador negro ofensas de tipo racistas. O homem branco chamou o entregador de lixo, dizendo que ele tinha inveja do local onde estava fazendo a entrega, inveja das famílias que moram no condomínio e inveja da sua cor.
Uma testemunha registrou a cena, que viralizou nas redes sociais na última sexta-feira (7) causando grande comoção de milhares de pessoas. Segundo o registro da Policia Civil a confusão começou quando o cliente se negou a buscar o pedido na entrada do condomínio o motoboy afirma que é costumeiro os clientes irem buscar a entrega e não eles levarem até a casa do cliente. Chegando na casa do morador começaram os ataques. “Seu lixo. Você tem inveja disso aqui” apontando para a sua própria cor da pele. “Quanto deve ganhar por mês, hein? Dois mil reais? Não deve ter nem onde morar”, dispara o homem branco, “olha seu tênis ta furado” “você trabalha de motoboy” insistia o fascista.
No entanto, além da vítima chamar a policia e os envolvidos no caso forem para a delegacia para dar explicações. Segundo Matheus Pires, as agressões continuaram na frente inclusive dos militares e que nada contra o criminoso aconteceu, os dois saíram pela mesma porta da instituição, denuncia a vítima. Após o acontecido os familiares do fascista que humilhou o entregador, correram com um laudo médico de que Mateus de Almeida Prado tem problemas mentais, como esquizofrenia por exemplo. Isso mostra que quando se trata de um rico branco a justiça não funciona, ou faz vistas grossa. Para combater a direita fascista a luta deve ser de igual para igual, a resposta tem que ser a altura.
Mostrando a politica correta para enfrentar o fascismo, a classe média e a burguesia parasitária, os entregadores se solidarizaram com o companheiro de trabalho agredido, e no dia seguinte se reuniram em um posto de gasolina e seguiram em marcha com as suas motocicletas para a frente da casa do agressor, no condomínio que fica no bairro Chácaras Silvania e fizeram uma manifestação com dezenas de motos e mais de uma centena de manifestantes e denunciaram o crime ocorrido. E não se sabe o que poderia acontecer caso o fascista, Mateus Prado aparecesse no local do ato.
É importante deixa claro que para acabar com o fascismo e o racismo é preciso união da esquerda, mobilização popular como fizeram os motoboys. Por fim, a luta contra o racismo não deve ser feita pelos policiais militares do regime golpista, mas, sim, pelo povo negro organizado, através da sua própria luta, e com reivindicações concretas, com uma imprensa, e com suas organizações políticas de luta, e não através dos mesmos meios que levaram adiante o golpe de Estado contra a classe trabalhadora e o população negra no Brasil, juntos com o Poder Judiciário e demais agentes da repressão, como o Ministério Público, a PM, etc.