No último dia 1º aconteceu a primeira greve nacional dos entregadores de aplicativos, paralisação essa que tem como pautas principais, melhores remunerações, melhores condições de trabalho e segurança, principalmente diante da pandemia do coronavírus, onde os trabalhadores sofrem um grande risco de contaminação. Esses trabalhadores executam jornadas de trabalho que, na maioria das vezes ultrapassam 12 horas diárias sem que tenham acesso a água, banheiro, até mesmo um local de paradas para eles é negado. Não tem qualquer tipo de direito regulamentado, tais como férias, seguro desemprego, FGTS, horas extras, etc. e, nesse sentido nada mais correto e extremamente positivo a primeira mobilização desses trabalhadores que se organizaram nacionalmente com o objetivo do atendimento das suas justas reivindicações.
Mesmo antes da greve os donos dos aplicativos já ameaçavam os trabalhadores com descadastramento e desemprego e, durante a própria greve os patrões começaram a habilitar novos entregadores com o objetivo de substituir os grevistas, na tentativa de desmobilizar a categoria. Tentativa esse que foi mal sucedida já que a greve teve uma adesão massiva.
No próximo dia 12 de julho, está marcada uma manifestação nacional. A paralisação dará prosseguimento à vitoriosa paralisação dos entregadores, que enfrentou furas-greves e reuniu milhares de trabalhadores em todo o País.
Os entregadores são uma das categorias mais castigadas durante a pandemia de coronavírus. É preciso intensificar a mobilização contra a direita golpista, que está arrancando a pele dos trabalhadores para salvar os negócios dos capitalistas. Nesse sentido para se opor aos ataques dos patrões é preciso identificar a mobilização através de uma vigorosa greve, por tempo indeterminado, única forma de obrigar os patrões a atenderem as reivindicações dos trabalhadores.