Depois de doze rodada de negociações os banqueiros insistem em esfolar os trabalhadores quando propõem reajuste zero e parcelar o reajuste da inflação em duas parcelas.
Os bancários são uma das categorias de trabalhadores que vem sendo mais atacada pelo governo golpista, representante direto dos banqueiros; está no olho do furação da política de ataques do golpista Bolsonaro, que tem como meta privatizar os bancos públicos, eliminar os direitos dos trabalhadores.
Nessa campanha salarial a solução dos banqueiros e seus governos para salvar os seus lucros é oferecer aos trabalhadores e de toda a população ataques ainda mais violentos e, nesse sentido, querem congelar os salários dos bancários por dois anos, sem que haja reajuste salarial, ou seja, reajuste zero, e pretendem enfiar goela abaixo uma migalha via abono, que não irá incidir nos vencimentos, de um pouco mais de R$ 1.500 e parcelar em duas vezes o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor), que seria 70% para 1º de setembro de 2021 e 30% seis meses depois.
Os banqueiros tentam jogar os bancários em uma armadilha quando, depois de 12 rodadas de negociação, voltam atrás na retirada da 13ª cesta alimentação e no corte nos índices da PLR, quando na realidade pretendem, com essa jogada, congelar os salários por mais dois anos.
A categoria amarga uma crescente perda salarial ao longo de vários anos, que passam de 80%. Hoje, por conta dessa política de congelamento salarial, principalmente na famigerada era do governo de FHC (PSDB), o piso da categoria passa um pouco dos R$ 2 mil, quando deveria ser, no mínimo, de R$ 5 mil.
É preciso dar uma resposta contra essa política dos banqueiros de ataques aos bancários. Os trabalhadores não devem ter nenhuma ilusão nos banqueiros, para eles o que interessa é somente manter o lucro às custas do suor dos bancários e da população. É preciso organizar imediatamente um movimento nacional, com comandos de base eleitos em assembléias para barrar a ofensiva dos banqueiros. Somente uma verdadeira unificação da categoria é que pode levar um amplo processo de mobilização, para expressar uma verdadeira programa de luta da categoria e lutar pelas suas reivindicações que correspondam às reais necessidades dos trabalhadores.