O Ensino à Distância (EAD), começou a ser implementado na prefeitura de São Paulo no dia 22 de abril de 2020. Uma medida da prefeitura como resposta para a suspensão das aulas, que iniciou-se no dia 20 de março. Essa suspensão adotada foi uma medida tardia, pois mesmo assim, morreram diversos professores apenas. A quantidade de alunos e funcionários que foram infectados pelo Covid-19 é totalmente desconhecida.
A forma como as “aulas online” estão sendo implementadas é um desastre, pois a plataforma oficial não funciona de forma adequada. Professores e pais estão sendo bombardeados com as tarefas das escolas, gerando uma sobrecarga para alunos e professores. O ensino virtual é feito com poucos recursos e pouca preparação, por isso, fadado ao fracasso.
Algo inviável para a maioria da população que não tem nem caderno para fazer suas atividades, muito menos internet boa, computador e um ambiente para estudo. A maioria dos alunos e professores vivem em condições precárias sem acesso aos materiais básicos para desenvolver o EAD.
Agora o prefeito está ensaiando à volta dos alunos nas escolas e creches na prefeitura de São Paulo, será em julho, cerca de 20% das crianças voltariam às creches. Alunos do ensino fundamentar e médio voltariam em seguida, e, finalmente, a última fase com alunos de universidades.
Uma das ideias é realizar rodízio para que os estudantes possam ir à escola todas as semanas, mas presencialmente, apenas um dia da semana: cinco grupos de alunos, cada um deles com cerca de 20% de alunos por cada grupo. Dessa forma, se evitaria aglomerações maiores. Todos frequentariam as aulas presenciais, nas escolas públicas, nas escolas privadas, e inclusive nos campi semanalmente.
Devido a calamidade da situação, as aulas deveria ser suspensas e pronto, qualquer outra medida é perigosa e irracional, pois a escola pública padece de recursos para coisas básicas e os alunos em sua grande maioria não tem acesso nem a água tratada, menos ainda estrutura para estudar em casa.
A intenção dos golpistas é repassar recursos do orçamento público para as empresas privadas que atuam nesta área e que fecham vultuosos contratos com o Estado, com a disponibilização das plataformas online. É o caso da Fundação Lemann e diversas outras no Brasil. O que evidencia que trata-se de uma farsa, produzida para encher os bolsos dos grandes capitalistas, que não têm qualquer tipo de preocupação com a educação do povo.
Diante desse caos e a superexploração dos profissionais da educação devemos boicotar e denunciar as aulas online, pois essas colocam em xeque os milhares de emprego e o futuro da educação no país.