Os sindicatos dos trabalhadores terceirizados e dos bancários do Distrito Federal tomaram conhecimento e denunciam a situação de descaso da direção do Banco do Brasil com os trabalhadores que prestam serviços de limpeza, conservação, vigilância e outros além de expor bancários.
A situação veio à tona após a morte de um trabalhador que prestava serviço de garçom diretamente ao gabinete da presidência, que trabalhou durante toda a pandemia, contraiu o coronavírus e acabou falecendo, após alguns de internação. A situação, que poderia servir, ao menos, para uma mudança de postura pela direção do banco, ao contrário foi escondida, sob ordem do próprio presidente Rubem Novaes.
A situação é inaceitável pois, primeiro coloca os trabalhadores terceirizados em completa exposição à contaminação por não ter direito a nenhum tipo de isolamento, e pelas características do trabalho expõem também outros trabalhadores da empresa.
Situação agravada pela forma como a direção das empresas terceirizadas tem lidado com a situação, de completa negligência, ao não distribuir equipamento de proteção suficiente e adequado, máscara, álcool gel e distanciamento no trabalho e afastamento das pessoas em situação de risco. Denuncia a direção do Sindserviço-DF.
Segundo levantamento do sindicato, de março a julho, 400 trabalhadores foram infectados, havendo 8 mortes. Só em um setor da direção da empresa, cerca de 10% dos terceirizados foram contaminados. Há ainda, a coação da direção das empresas terceirizadas, com a leniência da direção do BB, que proíbem os funcionários de dizerem que estão doentes, o que coloca os demais em alto risco por terem que conviver com a pessoa infectada.
O sindicato dos Bancários do DF, denuncia ainda que a alta cúpula da empresa, diretores, superintendentes, vice-presidentes tem direito a testes e tomam suas medidas de proteção, mas negam os mínimos cuidados aos funcionários do BB e aos terceirizados. O presidente do sindicato, Keytton Morais, denuncia que não há qualquer informação que a direção do banco tenha cumprido o protocolo mínimo quando testado casos positivos na unidade, que seria a testagem de todos os trabalhadores e o afastamento destes para que pudessem se preservar.