Da redação – O PSDB, como não poderia deixar de ser, está novamente envolvido na trama contra o povo. Partido do golpe de 2016, contribuinte fundamental para a prisão de Lula, agora, com as revelações do The Intercept sobre a clara perseguição política e ilegal contra o ex-presidente, o PSDB volta a mostrar de que lado está: o lado do golpe e da extrema-direita, como partido por excelência do imperialismo.
Isso porque o grande nome do partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, declarou à imprensa burguesa total apoio à Lava Jato e seus conspiradores.
“O vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores. Não alteram, na substância, como escreveu Celso Rocha Barros, os motivos para a condenação, apesar de revelarem comentários impróprios, dados os participantes. Se formos incriminar ou julgar os atores da política nacional — e da Justiça— pelas impropriedades que dizem, o que será de nossa democracia? E olha que nem sempre se expressam em conversas privadas”, disse FHC ao jornalista Tales Faria, do UOL.
Para o golpista tucano, o escândalo das conversas entre Moro, Dallagnol e os membros do Ministério Público não passa de uma “tempestade em copo d’água”. Ou seja, ele tenta acobertar, passar o pano, para a prisão fraudulenta de Lula e a Operação Lava Jato, que acaba de se provar – definitivamente – totalmente ilegal.
Mas, enquanto FHC e seu partido tramam abertamente contra Lula e o povo (uma vez que 40% da população, segundo as próprias pesquisas burguesas, queria votar no líder popular em 2018), dirigentes do PT se unem a esses mesmos elementos para fingir uma oposição a Bolsonaro.
Somente na semana passada, ex-ministros petistas da Educação, Meio Ambiente e Segurança assinaram petições conjuntas com seus pares dos governos de FHC, Temer e Itamar Franco. Entre os petistas que se reuniram com os representantes da direita estavam José Eduardo Cardozo e Fernando Haddad. Um, que falou a Lula que ele seria solto em pouco tempo caso se entregasse à Polícia Federal. O outro, o “Plano B”, que disse no encontro de ex-ministro ada Educação que a direita golpistas representada por PSDB e MDB representa “os valores do iluminismo”.
Isso significa que, em nome de uma “frente ampla” ou por “direitos já”, absolutamente sem conteúdo político, contra os “retrocessos” do governo Bolsonaro, dirigentes da ala direita do PT buscam se aliar aos grandes promotores do golpe, da extrema-direita e da prisão de Lula. Querem se aliar com o PSDB de FHC, que defende o indefensável, que é a fraude escancarada da Lava Jato para prender Lula.
Ao invés dessa política suicida, de ressuscitar os defuntos do PSDB e se afundar por isso, a esquerda deve sair às ruas imediatamente e organizar a revolta popular pela prisão ilegal de Lula. Deve levar as palavras de ordem “Fora Bolsonaro! Eleições gerais já! Liberdade para Lula!” e a anulação dos processos da Lava Jato como os principais lemas dos atos da próxima sexta-feira (14) da greve geral. Agora, mais do que nunca, a luta é por esse caminho.