Da redação – O ministro golpista do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar nesta quarta-feira (5) o ex-presidente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Edson Figueiredo Menezes. Diferenciando da política de perseguição sem provas à Lula, o ministro alegou que há “fragilidade de fundamentação adotada pelos juízes de primeiro grau para a decretação de prisões preventivas, especialmente nos chamados crimes de colarinho branco”, pois para banqueiros a coisa é sempre bem diferente.
O serviçal dos grandes capitalistas no Brasil, foi preso no mês passado pela Polícia Federal na Operação Golias, mais um desdobramento da Lava Jato. Vale reiterar, antes de mais nada, que o PCO denuncia diariamente os interesses imperialistas nessas operações para destruir a economia nacional, porém, este caso revela muito como a burguesia trabalho pelos seus interesses e contra os trabalhadores, fazendo um paralelo ao caso de Lula.
Neste caso do banqueiro, a imprensa burguesa, serva fiel de sua classe, traz a notícia como uma investigação por “suposta propina” em licitações da administração da folha de pagamentos do estado. Mas essa é apenas uma primeira questão superficial a ser assinalada. A análise política, que deve ser feita com mais calma, demonstra, aparentemente, que os interesses das burguesias nacionais e estrangeiras – imperialistas – estão entrando em choque, pois a Lava Jato trabalhou muito para destruir o estado do Rio e agora Gilmar Mendes começa a contra-argumentar para libertar alguns “figurões”.
A defesa do banqueiro argumentou no recurso que os fatos são antigos e ocorreram entre 2008 e 2009. Gilmar Mendes considerou que a motivação do juiz para determinar a prisão não foi suficiente, chamando o caso de “frágil”, bem diferente do “palavreado juridiquês” utilizado para atacar Lula.
Agora, os “deuses de toga”, dizem que o juiz precisa demonstrar a necessidade, de forma concreta, da prisão preventiva, trazer provas concretas e etc. A mudança assusta os mais atentos que vem acompanhando as arbitrariedades seguidas contra o ex-presidente, se compararmos ao amigo banqueiro da Bolsa de Valores.
A justiça brasileira trabalha com dois pesos e duas medidas. Para os trabalhadores, destruição de leis trabalhistas, fim da aposentadoria, congelamento de gastos, prisão sem provas, corrupção generalizada, quadrilha e etc; já para os patrões, banqueiros, empresários, delatores, o as acusações são muito “frágeis”.