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Enquanto isso… Bolsonaro estava em Dallas chamado o povo brasileiro de “idiota”

Nesta quarta (15), ao chegar em Dallas, o ilegítimo Jair Bolsonaro chamou os estudantes que se manifestaram por todo o País exigindo a derrubada do seu governo de “idiotas úteis e imbecis” que “não sabe nada”:

“É natural, só que a maioria ali é militante e não tem nada na cabeça. Se perguntar para ele 7 vezes 8, não sabe. Se perguntar a fórmula da água não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis e uns imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades do País.”

Após desmerecer as manifestações acusando-as de terem sido feitas por militantes e por estudantes “massa de manobra”, Bolsonaro passou a justificar os cortes na Educação dizendo que “são contingenciamentos”. Em seguida usou o discurso clássico da direita de que é obrigado a cortar devido a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e responsabilizou os governos do PT pela situação da Educação.

“Não existem cortes, temos um problema porque peguei um Brasil destruído economicamente e as arrecadações não são as previstas. Então se não tem contingenciamento eu encontro a Lei de Responsabilidade Fiscal. Eu gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na Educação. Mas a Educação está deixando muito a desejar, peguei agora as provas do Pisa, cada vez mais ladeira abaixo. A garotada com 15 anos de idade na nona série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro dessas pessoas? Estão desempregados 14 milhões e parte deles não tem qualquer qualificação porque esse cuidado não se teve nas administrações do PT por quase 13 anos.”

O fiasco em Nova Iorque

Bolsonaro desistiu de ir ao jantar de gala que ocorreu na noite de terça-feira (14) em Nova Iorque por causa dos protestos e da oposição do prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio.

Segundo matéria do Defend Democracy in Brazil Committee (Comitê em defesa da Democracia no Brasil) para o jornal Brasil de Fato:

“Os protestos diários de mais de 14 grupos de ativistas e quatro grandes ONGs, patrocínios cancelados por pelo menos quatro grandes corporações e as declarações abertas e diretas do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, tornaram a presença de Bolsonaro em Nova York absolutamente inviável e conspicuamente indesejada. Uma das petições, iniciada pelo senador estadual Brad Hoylman, cuja jurisdição recai sobre o distrito de Times Square, chegou a 82.000 assinaturas contra o prêmio, que deve ser anunciado em 14 de maio no Marriott Hotel, pois foi o único espaço que aceitou abraçar o evento, contradizendo seus valores de inclusão e ignorando um grande número de protestos de seus clientes. A atriz Debra Messing até pediu um boicote à rede de hotéis em um de seus tweets.”

O fiasco em Dallas

Segundo o governo e a imprensa burguesa golpistas, Bolsonaro teria ido aos EUA receber um prêmio de “Personalidade do Ano” da câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos nesta quinta (16), em jantar organizado pelo World Affairs Council de Dallas/Fort Worth. A homenagem seria feita em Nova York, porém após o prefeito da cidade, o democrata Bill de Blasio, chamar Bolsonaro de “homofóbico com orgulho”, o evento foi transferido para Dallas.

No entanto, o representante do World Affairs Council, Jorge Baldor, negou que tenha chamado Bolsonaro para ser homenageado na sede da entidade. “Ele mesmo se convidou. Bolsonaro não vai receber um prêmio”, disse ao site Dallas Voice.

Baldor disse ainda que as reportagens que informaram que ele havia convidado o presidente brasileiro são “uma grande mentira” e que ele e o conselho “não tiveram nada a ver com a presença do homofóbico e misógino presidente do Brasil”. “Eu pessoalmente não fiz um convite. Eu não o queria aqui”, completou Baldor ao Dallas Voice, também dizendo que não havia nenhum fórum público programado e que o presidente teria apenas um almoço com empresários. Segundo Baldor, a entidade tem um contrato com a cidade para receber autoridades de outros países.

Além disso, um grupo de cerca de 30 pessoas pediu na tarde desta quarta-feira que o World Affairs Council of Dallas cancelasse o almoço desta quinta-feira em que Bolsonaro participaria. Como o grupo não foi aceito, representantes de 15 organizações civis de Dallas protestaram na frente do prédio, com cartazes contra Bolsonaro e o grito de “Ele não” no megafone, com forte sotaque — não havia brasileiros no manifesto. Além das palavras de ordem contra Bolsonaro, muitos cartazes falavam sobre outros temas brasileiros, como a defesa da investigação da morte da vereadora Marielle Franco e a liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Este na verdade era um encontro de convencimento. Sem isso, vamos fazer um protesto maior amanhã, quando os empresários e o próprio Bolsonaro precisarão entrar no prédio para este almoço” afirmou Gene Lantz, diretor da divisão de Dallas da central sindical americana AFL-CIO.

Bolsonaro também não foi tão bem recebido pelo prefeito de Dallas, Mike Rawlings. O americano havia dito que, por mais que não concordasse com as políticas do presidente, ele teria sido eleito legitimamente e mereceria boas-vindas. Porém, após um abaixo-assinado de 7 dos 14 vereadores da cidade, o prefeito recuou e avisou que não daria boas-vindas, nem participaria de nenhum evento com o brasileiro.

Pressionado pela câmara, Baldor volta atrás e recusa aparecer dando boas vindas a Bolsonaro.

Bolsonaro e Bush

Bolsonaro aproveitou seu capachismo para tietar o fascista Geroge W. Bush, ex presidente dos EUA. O assessor de Bush afirmou nesta quarta-feira (15), que o político foi surpreendido com a visita de Bolsonaro e não fora avisado previamente. A entidade da cidade de Dallas, também desmentiu a informação.

A reunião estava marcada na agenda oficial como primeiro compromisso da viagem de Bolsonaro aos EUA, no entanto, o assessor do ex-presidente dos EUA, Freddy Ford, disse que Bush não o convidou e nem sabia da visita, mas concordou em se encontrar com o brasileiro.

“Ao contrário de algumas reportagens, o presidente Bush não esteve envolvido nos arranjos da viagem e não estendeu o convite para (Bolsonaro) vir a Dallas”, afirmou Ford. “Mas claro que ele concordou em se encontrar com o presidente Bolsonaro em seu escritório quando soube de sua visita à cidade – uma cortesia que ele regularmente estende aos dignitários estrangeiros quando estão nesta região”, completou. Bush dá cortesia aos seus capachos…

Bozo e Bush, 2 fascistas, 1 capacho e 1 patrão

Por fim, Bolsonaro ainda incluiu em sua agenda oficial encontros com representantes de duas empresas imperialistas: Darren Woods, da petroleira Exxon Mobil, e Randall Stephenson, da gigante de telecomunicação AT&T, confirmando que sua 2ª visita aos EUA seguiu o propósito da 1ª: seguir ajoelhando-se aos EUA e entregando o Brasil ao imperialismo.

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