Os lucros dos banco no Brasil, em comparação ao nível de pobreza no país e da miséria da categoria bancária dá uma noção da disparidades em relação à desigualdade social.
Enquanto um punhado de banqueiros e capitalistas nadam em rios de dinheiro todos os anos, mesmo em tempos de pandemia do coronavírus, a maioria da população vive na pobreza extrema, e os trabalhadores bancários comem o pão que o diabo amassou com a política de demissão em massa, fechamento de agências bancárias, assédio moral, arrocho salarial, etc.
Anunciado pela imprensa capitalista o lucro dos dois maiores banco privados no Brasil, Itaú/Unibanco e o espanhol Santander, no ano de 2020, mesmo apresentando queda nos seus lucros, em comparação ao período de 2019, ou seja, antes da pandemia do coronavírus, os números são assustadores. Somente dois bancos privados obtiveram um lucro líquido de R$ 32,5 bilhões, onde o Banco Itaú/Unibanco obteve R$ 18,9 bi e o Santander R$ 13,5 bi.
É claro que todo esse lucro se dá em cima da exploração da população e dos trabalhadores bancários. Só de receita de prestação de serviços e tarifas bancários o banco imperialista espanhol faturou nada menos do que R$ 18,46 bilhões, enquanto que o maior banco privado do país somou um faturamento de R$ 37,2 bilhões.
Mesmo com lucros estratosféricos esses mesmos bancos passaram, além do fechamento de centenas de agências bancárias, a demitir milhares de trabalhadores bancários, com o objetivo de manterem os seus já fabulosos lucros. Somente no ano passado o Itaú fechou 372 unidades no Brasil, se considerar a América Latina, o total chega a 436 unidades; em número de funcionários o banco que, no começo de 2020 contava com 100 mil trabalhadores hoje são apenas 83.919. O espanhol Santander não fica atrás no quesito demissão e fechamento de unidades, foram 3.220 e 175 respectivamente, apenas no ano de 2020.
A tendência para os banqueiros, de redução do quadro de funcionários para esse ano são ainda piores. O Banco do Brasil acaba de anunciar mais um famigerado Plano de Demissão com o objetivo de jogar no olho da rua mais 5 mil bancários, além disso irá fechar 870 ponte de atendimento. Os banqueiros, com a justificativa esfarrapada da concorrência com fintechs, pressões regulatórias e a transformação em agências digitais, prometem fechar ainda mais postos de trabalho.
É preciso Organizar imediatamente uma campanha vigorosa contra as demissões, numa perspectiva de luta unitária e de conjunto de todos bancários com as demais categorias de trabalhadores. Organizar comitês de luta em todos os locais de trabalho para organizar uma gigantesca mobilização com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que vêm, sistematicamente, lucrando às custas da miséria dos trabalhadores de de toda a população em geral.