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Privatização da água

Enquanto COVID-19 assola a Bahia, Rui Costa tenta vender a Embasa

Na Bahia a empresa estatal de água e saneamento, Embasa, está sob ameaça de ser privatizada para satisfazer os tubarões capitalistas

Em meio a pandemia de Covid-19, em que o Brasil provavelmente já é o epicentro de toda a crise de saúde em número de infectados e caminha para ser o primeiro lugar do mundo em número de mortos, o governador da Bahia tentar privatizar a EMBASA, estatal do saneamento básico. A população pobre que se encontra em uma situação terrível devido ao vírus corona e a gigantesca crise econômica ainda pode perder um dos seus direitos mais básicos e essenciais, a água, que é ainda mais relevante no atual momento em que os cuidados de higiene devem ser ainda mais cautelosos.

A tentativa de privatizar a empresa já aconteceu outras vezes mas o impressionante é que no momento quem tenta realizar essa agressão a população é o governador Rui Costa do PT, contrariando a política do próprio partido, atacando diretamente os trabalhadores, que ele deveria representar. Na realidade essa é uma política totalmente a reboque da direita, aproveitar a dificuldade de mobilização popular na pandemia para aumentar os lucros dos capitalistas. Para exemplificar melhor, o governador de extrema direita do Rio de Janeiro Wilson Witzel está aplicando a mesma política de tentar privatizar a companhia de águas e saneamento, a CEDAE, ou seja, Rui Costa sai cada vez mais dos trilhos do que deveria ser um governado de esquerda.

O ataque a empresa já começou com a tentativa de trocar o diretor financeiro Dilemar Matos, que é um funcionário de carreira, por um tubarão do mercado financeiro Cláudio Villas Boas, que trabalhou na empresa privada de saneamento BRK Jaguaribe até 2019. O que está em jogo é a abertura do capital da empresa, que é basicamente a garantia da privatização. O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae) já alertou que essa troca é ilegal visto que por lei pessoas ligadas a empresas privadas devem ficar pelo menos três anos sem trabalhar em estatais, mas mesmo contra a lei essa troca de diretores ainda está em disputa.

A ideia de privatizar serviços essenciais nunca funcionou em nenhum lugar do mundo a não ser para aumentar os lucros da burguesia, prova disso é que nos últimos anos houve reestatização de  empresas de saneamento em 187 países para melhorar os serviços que estavam péssimos. Em Manaus, onde o serviço está privatizado há 20 anos, a situação é terrível com 12% da população tendo esgotamento e desses apenas 30% é tratado, por isso é uma das capitais com maior grau de transmissão hídrica de doenças. A luta de classes não pode ser mais evidente, de um lado a Aegea em Manaus e possivelmente a BRK Jaguaribe na Bahia, aumentam seus lucros, do outro lado o povo é jogado mais ainda na miséria e assolado por mais doenças.

A política que está sendo tomada pelo governador da Bahia é totalmente oposto aquela necessária, é preciso estatizar mais empresas não privatizaram as poucas que sobreviveram ao governo destruidor do golpista FHC. A própria EMBASA não está cobrando tarifas para as famílias incluídas no cadastro da tarifa social e está proibido o corte de água por inadimplência, esse tipo de política deve ser estendido englobando também eletricidade, gás, aluguel dentre outras políticas de combate ao covid-19. Os trabalhadores da EMBASA devem organizar uma greve contra a privatização e também aderir a palavra de ordem Fora Bolsonaro para unificar sua luta com toda a classe operária brasileira e derrubar o governo ilegítimo fascista de uma vez por todas.

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