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Frente Ampla

Enquanto a PM da Bahia bate recorde de morte, PT faz demagogia

Candidata em Salvador representa a corporação que no primeiro semestre de 2020 matou 260 pessoas, perdendo apenas para a polícia militar do Rio de Janeiro.

Em plena pandemia as mortes de brasileiros durante operações policiais cresceram 7% no primeiro semestre de 2020 quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Monitor da Violência.

Aparentemente as medidas de distanciamento social não intimidaram as forças de repressão do Estado, pelo contrário, foram 3.148 pessoas mortas em todo o Brasil apenas por meio da letalidade policial entre janeiro e junho.

Quando feita uma análise de mortes a cada 100 mil habitantes, o estado que mais teve alta foi o Amapá que registrou 8,1% a mais de casos, logo em seguida vem o estado de Sergipe com 4,6 %, seguido pelo Rio de Janeiro com 4,5%, Bahia com 3,4% e o Pará com 3%.

Os baianos em 2019 assistiram sua força policial ocupar o sexto lugar em número de mortos pela corporação, por lá mais pessoas foram mortas pela polícia do que em estados como Minas Gerais e São Paulo, que possuem muito mais habitantes do que a Bahia.

Após uma queda no número de crimes letais no Brasil entre 2018 e 2019, os índices dispararam novamente. De janeiro e junho de 2020, 22.680 brasileiros foram mortos, um aumento de 6%.

O estado da Bahia junto de outros seis estados do Nordeste; Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe, foram os principais responsáveis pelo aumento significativo na taxa de homicídios.

Durante junho de 2019 e maio de 2020, a polícia baiana foi a segunda mais letal do país com 260 mortos, perdendo apenas para a polícia militar do Rio de Janeiro. Os dados são do levantamento “Racismo, Motor da Violência”, feito pela Rede de Observatórios da Segurança.

Para “comemorar” esses números a ala direitista do PT baiano lançou como candidata a prefeita da capital Salvador uma figura que é nada mais nada menos do que uma Major da Polícia Militar.

O partido, de forma demagógica, está tentando convencer os baianos de que esta candidatura caso eleita “irá mudar” a cidade, tornando-a um lugar melhor para os soteropolitanos viverem entre outras frases prontas que sempre surgem durante o circo eleitoral.

É preciso mais do que nunca denunciar estas iniciativas que em nada se parecem com as posições políticas históricas da esquerda. Nosso campo político, mesmo que moderado como no caso do PT, não deve se aliar ou fazer a política da direita, mas sim ter uma política independente.

Nesse sentido que o Partido da Causa Operária (PCO) se comprometeu a participar das eleições municipais de novembro. Em Salvador, por exemplo, a única candidatura que realmente representa os interesses do povo negro é a do PCO, representada pelo companheiro Rodrigo Pereira.

O PCO se coloca, portanto frontalmente contra estes expedientes antidemocráticos, pelo fim da PM, pelo fim dos presídios, contra o desemprego sistemático, as péssimas condições de moradia, pelo fim da fome entre outras necessidades urgentes. Enquanto isso o próprio PT e outros partidos como o PCdoB e PSoL estes últimos abertamente favoráveis à política de frente-ampla, firmam alianças com partidos golpistas e lançam candidaturas direitistas. Isso significa na prática atuar contra a esquerda de conjunto.

Do ponto de vista geral da classe trabalhadora, essa é uma política desmoralizante, pois além de não promover nenhuma luta contra o Golpe de Estado de 2016 ainda fortalecerá a direita fascista que através da PM promove um completo extermínio da população pobre nas periferias, a exemplo do último mês de agosto, em que 4 homens foram mortos no bairro de Saramandaia e 5 em São Gonçalo do Retiro, em Salvador.

Deste modo, enquanto o PT na Bahia e o PSoL no Rio de Janeiro lançam representantes da “política de segurança pública” como candidatos ao executivo municipal, política esta que na prática é uma guerra contra os trabalhadores negros e pobres (75% das pessoas mortas pela polícia no Brasil são negras); o PCO apresenta para as eleições candidaturas operárias e em defesa de um programa revolucionário e anticapitalista, pelo Fora Bolsonaro e por uma ampla mobilização popular que restitua os direitos políticos de Lula e garanta sua participação nas eleições presidenciais de 2022.

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