O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), terminou de ser aplicado no último domingo, 9 de novembro. Mais uma vez houveram vazamentos de questões e até mesmo da proposta da redação. Os vazamentos se deram através da circulação de fotos pelo aplicativo de mensagens whatsapp, e segundo apuração a pessoa responsável pelo acontecimento será penalizada. Pelo menos desde às 16:30h de domingo questões da prova de ciências da natureza e matemática circulavam em grupos do aplicativo.
O ministro golpista da educação, Abraham Weintraub, cedeu coletiva de imprensa para tentar minimizar a situação. Segundo o golpista, o vazamento das questões não afetou a prova pois circularam após o início da prova. A justificativa é ridícula, pois este é apenas o horário divulgado para o vazamento. As fotos foram tiradas antes e divulgadas para pessoas específicas também antes da prova. O valor de um gabarito do ENEM é algo incalculável. Se for investigado mais profundamente, outras pessoas deverão estar envolvidas no vazamento das questões, mas nem o governo e muito menos a imprensa golpista tem interesse que isso aconteça.
A imprensa burguesa, em contrapartida, apresenta o argumento do ministro sem nem ao menos questionar. A passividade diante da situação do vazamento do tema da redação é tão grande que não é possível imaginar como em outros anos teriam sido criadas polêmicas tão grandes em relação ao vazamento de questões.
Se por um lado, enquanto o PT estava no governo, o ataque da imprensa em relação aos vazamentos era sistemático e intenso, agora sob o governo da burguesia a imprensa tradicional sustenta o argumento de que estes não ocasionaram qualquer problema.
É importante, portanto, criticar o papel da imprensa burguesa. O time de demagogos que a imprensa compra age no sentido de defender a todo momento o regime político. É preciso lutar contra o monopólio da imprensa burguesa na divulgação de informações e opiniões. Para isso, é preciso financiar e fomentar as imprensas operárias e disseminá-las. Assim as palavras de ordem do povo estarão cada vez mais difundidas e haverá cada vez menos confusão política.