O governo golpista desde o golpe de Estado em 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff vem atacando o povo brasileiro das mais diversas formas possíveis.
Inicialmente os primeiros grande ataques vieram em torno de questões trabalhistas. O povo pobre trabalhador precisava pagar pela crise do capitalismo e a ele foram impostas o fim de seus direitos trabalhistas, o fim da sua aposentadoria, e colocado para trabalhar como escravo até morrer. Não suficiente para a política neoliberal que havia começado a ser colocada em prática no país, o imperialismo, principal força atuante junto a burguesia brasileira, passou a devastar a economia como um todo, destruir as empresas nacionais e abrindo totalmente o país para um estado semi-colonial, com um governo fantoche totalmente capacho aos interesses do grande capital estrangeiro.
Com este desenvolvimento, o povo brasileiro, assim como de toda América Latina, passou a ser cada vez mais esmagado, massacrado pela burguesia. Os ataques atingiram todos os níveis da população, mas como é de se esperar, foi o povo mais pobre, já esmagado, que sofreu diretamente na pele.
Tendo em vista a situação em que o país se encontrava, após uma década de reformar sociais, boa parte da população mais humilde passou a ver o estudo como uma alternativa para sair da situação de miséria em que se encontrava. Dessa forma, as cotas sociais, a ampliação do ensino público, o ENEM, e demais conquistas sociais durante o governo de Lula e Dilma, puderam providenciar, mesmo que de maneira muito singela, uma misera possibilidade do povo pobre se erguer economicamente na sociedade.
Ao se analisar por exemplo, os dados correspondentes ao número de inscritos no ENEM na última década, vemos com clareza que antes do golpe, a taxa de inscrição aumentava a cada ano, tendo em 2009 4,1 milhões de estudantes e em 2016 8.627.371 milhões. Um gráfico altamente crescente e que demonstrava um aumento nas oportunidades para os estudantes de baixa renda.
No entanto, após o golpe de estado e a devastação neoliberal o número de inscritos para a prova do ENEM caíram drasticamente. Analisando o gráfico chega a ser espantoso o nível de destruição educacional e econômica que o país teve após o golpe de estado.
Se em 2016 tivemos 8.627.371 milhões de inscritos, em 2017 foram 6.731.300, uma queda de 2 milhões, algo nunca antes visto nessa década. Porém, os dados só pioraram a partir dai e hoje, em 2019, o ENEM registra o menor número de inscritos desde 2011, tendo registrado apenas 5 milhões de estudantes, uma diferença de mais de 3 milhões comparado ao último governo antes do golpe.
Este resultado nada mais é que uma conclusão gerada pelo golpe de estado e a devastação econômica e educacional que o país sofreu. A educação brasileira vem cada vez mais sendo atacada, milhões já foram cortados da pasta, enquanto a população empobrece drasticamente, aumentando assim o nível de evasão escolar e fazendo com que a continuidade do estudos, como no ENEM, sejam postas para segundo plano, devido a necessidade básica de ter que trabalhar para sobreviver.
O golpe de estado representa a destruição completa do país, sua continuidade é o prosseguimento para um futuro ainda pior para o povo brasileiro. Graças a isso, que a população brasileira aumenta a cada dia sua revolta, e a palavra de ordem Fora Bolsonaro e todos os Golpistas mostra-se ser a mais popular do momento.