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Neoliberalismo em ação

Enchentes são uma política programada da direita

A destruição das condições de vida da população do Brasil é uma política consciente da direita as enchentes fazem parte dessa política macabra.

Ano após ano a cena se repete em diversos estados do País atingidos pelas enchentes em decorrência da chuva e do absoluto descaso dos governos burgueses com as condições básicas de prevenção: mortes, epidemias, prejuízos gigantescos dos atingidos pelas enchentes. Enfim, os meses de verão são uma tragédia anunciada.

E 2020 segue o script. Por ironia, se é que pode se chamar de ironia a tragédia que se abateu sobre a região sudeste, a mais rica do País, e foi a que mais sofreu as consequências com as enchentes e alagamentos e não por coincidência todos os estados têm à frente das capitais e dos governos estaduais políticos abertamente de extrema-direita como são os casos dos governadores de São Paulo (João Dória), Rio de Janeiro (Wilson Witzel) e Minas Gerais (Romeu Zema) ou são direitistas do “centrão”, golpistas responsáveis pela ascensão da extrema direita, tão perniciosos, portanto, como os primeiros: Governador do Espírito Santo (Paulo Hartung), prefeito de São Paulo (Bruno Covas) e do Rio de Janeiro (Marcelo Crivella).

Não poderia ser diferente que todos esses governantes, apoiadores de Bolsonaro, levassem a cabo a mesma política do presidente fascista, que consiste na liquidação do País em defesa dos interesses dos grandes grupos econômicos do imperialismo.

Nesse quadro se insere a diminuição drástica de recursos que deveriam ser destinados à infraestrutura, particularmente saneamento básico, que deveriam ser destinados às cidades a fim de resolver ou pelo menos diminuir os gravíssimos problemas que assolam todas as cidades brasileiras.

A situação é tão grave, que mesmo a imprensa burguesa e golpista não pode se furtar em divulgar pelo menos em parte a política consciente de degradação por parte dos governantes. Nos últimos 10 anos. Dos R$ 6,2 bilhões que deveriam ser destinados a execução de obras contra enchentes, os governos de São Paulo entre 2010 e 2019 usaram um pouco mais da metade, R$ 3,6 bilhões. A prefeitura de São Paulo não agiu muito diferente. Dos R$ 973 milhões destinados para a prevenção de enchentes em 2019, menos da metade R$ 474 milhões foram usados no ano de 2019. No Rio de Janeiro (capital) a situação não é diferente, aliás ao que parece, esse é o modus operandis dos governos e das prefeituras em geral. O orçamento de 2020 para o combate às enchentes diminuiu em 31 % se comparado com o ano de 2019, de R$ 489 milhões para R$ 339 milhões.

Mas um ingênuo poderia imaginar que no ano de 2019 o governo, enfim, utilizou todos os recursos. Também não é verdade. Quase 34% dos R$ 489 milhões do orçamento do ano anterior não foram utilizados. Belo Horizonte, a capital mineira, também tem números sombrios. Nos últimos 7 anos, os orçamentos previam R$ 3,7 bilhões e apenas R$ 740 milhões foram empenhados.

E para onde foi o dinheiro não utilizado pelos governos? Para outras obras é que não foi. Essa é uma política consciente dos capitalistas, acentuada com o golpe, em retirar todos os recursos possíveis e impossíveis dos estados, das empresas do estado, dos trabalhadores, das obras públicas para atender a “iniciativa privada”, os bancos em primeiro lugar. É a política neoliberal em nome da qual foi dado o golpe de 2016. Um caso exemplar, nesse sentido, foi o que ocorreu em Minas Gerais e no Espírito Santo. 

O Movimento de Atingidos por Barragem (MAB) denunciou que as enchentes foram agravadas pelos rompimentos das barragens da Vale – uma “jóia” do neoliberlismo –  do Córrego do Feijão em Brumadinho, em janeiro do ano passado, e do Fundão, em Mariana, em 2015. Especialistas acusam que os mais 60 milhões de lama contaminada do Fundão e os 11 milhões do Córrego do Feijão levaram ao assoreamento dos rios Doce e Paraobeba, respectivamente, agravando as enchentes por um lado, mas, também, agravando os problemas decorrentes com a contaminação dos rios, tanto devido ao aumento da temperatura em até 7 graus em regiões com alta concentração de dejetos, como com a identificação de adenovírus presentes onde ocorre a mistura de esgotos domésticos e metais pesados.

Como se vê, o que ocorre nos estados do sudeste e que é uma realidade por todo o Brasil não é apenas o resultado de uma política ruim no sentido administrativo do Estado. Não se trata de simplesmente cortar verbas, o que seria por si só um crime. Essa é uma política do grande capital e do imperialismo, e é uma política “consciente” programada de destruição. 

Faz parte do programa da direita a destruição do país. O propósito do neoliberalismo é garantir o maior nível de lucratividade possível e para isso não se furta em destruir tudo que possa ser impedimento aos seus propósitos. Aproveita até mesmo os desastres resultantes de sua política consciente de destruição para defender políticas ainda mais duras contra o povo, como é caso das privatizações.

Emblemático, nesse sentido é o governador Witzel, o  fascista do Rio de Janeiro. Diante da contaminação da água da Sedae – empresa de água e esgoto do Estado – que atingiu diversos municípios como resultado da política de sucateamento da empresa, o governador anunciou que a população terá seus problemas com a água resolvidos assim que a empresa for privatizada.  

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