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Enchentes no Rio: reflexo da devastação provocada pelos golpistas

Conforme denunciado amplamente pela imprensa do Partido da Causa Operária desde o início da movimentação golpista, os planos do golpe de Estado são a completa devastação da economia nacional, além da destruição dos direitos e das organizações da nossa classe operária. Todo o povo brasileiro pôde constatar isto na pele nos dois anos do governo golpista de Temer, e agora mais ainda, nestes primeiros 100 dias do governo igualmente ilegítimo e golpista de Bolsonaro.

Um dos aspectos mais severos do plano econômico do golpe são os assim chamados “ajustes” econômicos. Como parte do compromisso que firmou com os banqueiros nacionais e internacionais, Temer conseguiu aprovar a infame PEC dos gastos, que impôs à máquina pública brasileira, que sempre esteve muito aquém das reais necessidades da população brasileira, um ajuste fiscal duríssimo em todos os níveis, por um longo período de 20 anos. Logicamente que toda essa fortuna, arrancada à fórceps da riqueza nacional é desviada para os grandes capitalistas internacionais, os tubarões do imperialismo estrangeiro.

Um dos estados do Brasil que mais tem sofrido com a política econômica do golpe é o Rio de Janeiro.  Os setores da engenharia naval e petrolífera do Rio, por exemplo, sofreram um duro golpe, que terminou com muitas dezenas de milhares de desempregados. Nunca é demais denunciar o papel de destaque que a operação golpista Lava Jato desempenhou em todo esse processo, sendo um aríete que golpeou duramente este setor da economia a serviço do imperialismo, principalmente o norte-americano.

Obviamente, toda essa devastação e regime de corte de gastos acaba por impactar outras áreas que dependem de investimento público. É o caso dos desastres com enchentes e chuvas fortes, um mal que assola o estado fluminense há muitos anos sistematicamente. Caso estivéssemos tratando de um desastre natural que ocorre sem uma periodicidade determinada, como por exemplo um terremoto, ainda assim a contenção de danos seria de responsabilidade do poder público. No caso das chuvas, entretanto, o crime cometido pelo governo é muito pior. Os maiores casos de deslizamentos ocorrem sempre nesta época do ano, marcada pelas chuvas de alta intensidade.

Foi o que se viu mais uma vez nos últimos dias no estado do Rio. O prefeito da capital do Rio, Marcelo Crivella, concedeu um longo depoimento para a Agência Brasil (EBC), órgão de comunicação criado pelos governos do PT e ligado ao governo federal. Embora seja um representante da direita evangélica, Crivella foi anteriormente um dos aliados do governo do PT e destaca nesta matéria alguns aspectos reais no que tange o problema das enchentes. O ajuste fiscal que a direita mais ligada ao imperialismo aprovou deixa os governos de mãos totalmente atadas. Crivella reclama da falta de recursos para realocar pessoas que moram em áreas de risco para locais seguros ou para construir reservatórios subterrâneos que possam conter a água escoada nas enchentes.

Na matéria, Crivella revela ainda a insatisfação do seu governo com a política de ajuste fiscal do golpe. Podemos imaginar que a insatisfação de Crivella na realidade representa o descontentamento de um amplo setor da burguesia nacional, que está sendo garroteada pelo imperialismo. Crivella reclamou da retração dos programas Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciativas dos governos do PT que ajudariam o prefeito a construir novas residências em localidades seguras e investir em obras de infra-estrutura para conter os danos causados pelas enchentes. Por mais que Crivella represente um setor que tenha embarcado no golpe de Estado dado em Dilma em 2016, devemos dizer que, assim como o MDB fluminense, Crivella não faz parte do núcleo duro golpista, sendo mais um dos que embarcaram na canoa golpista por parte da intensa pressão exercida pelo imperialismo.

Se levarmos em conta os recentes conflitos abertos entre a prefeitura de Crivella e a empresa que administra o pedágio da Linha Amarela no Rio de Janeiro, a LAMSA, podemos afirmar que a crise no interior da burguesia golpista se aprofunda. Isso mostra que estamos em um momento de grande confusão e dispersão entre os golpistas, e portanto é fundamental que a classe operária se organize e lute pela construção de uma gigantesca greve geral, em torno das palavras de ordem de “Fora Bolsonaro” e “Liberdade para Lula”, que centralizam todas as lutas atuais e colocam a classe operária em uma rota de colisão com os golpistas.

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