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“Empoderadas”? Joice Hasselmann, Janaína Paschoal e policial assassina são eleitas deputadas

O aumento da composição feminina nas distintas esperas do poder legislativo, pode encobrir a verdadeira luta para que – de fato – as mulheres superem a situação de opressão e afastamento do poder, dominantes no capitalismo. Com o fraude das eleições que permitiu uma “vitória” eleitoral da direita, o simples aumento das cadeiras femininas – à revelia do ultraje perpetrado pelos golpistas contra a classe trabalhadora – através do golpe de Estado, pode ser um embuste que levará a cabo todas as exigências democráticas dos setores que lutam contra a opressão que assola toda a classe trabalhadora.

Após o resultado das eleições, uma outra conformação foi dada ao sistema bicameral. No Senado, sete mulheres foram eleitas, repetindo o ocorrido em 2010, configurando apenas 13% da composição da Câmara Alta. No tocante às assembleias legislativas, dentre as 1059 cadeiras, um total de somente 161 mulheres (menos de 15%)foram eleitas deputadas estaduais; ultrapassando as 119 eleitas em 2014.

Considerando um total de 513 parlamentares na Câmara dos Deputados, houve um aumento da participação do gênero feminino. A partir de 2019, a bancada feminina passará de 51 para 77. Sendo assim, as mulheres representarão 15% daquela Casa, que atualmente conta com 9,9%. O Partido dos Trabalhadores (PT) foi o que mais elegeu mulheres, totalizando 10 deputadas. Enquanto isso, – partidos umbilicalmente ligados ao Golpe de Estado – como o PSDB e o PSL, elegeram respectivamente 8 e 7 parlamentares. Já o PCdoB possui quatro deputadas na Câmara, e o PSol, cinco. De acordo com a Justiça Eleitoral, foram mais de 2,7 mil candidatas concorrentes à Câmara, representando um número pouco acima dos 30% de candidaturas femininas exigidas por lei. Há ainda estados que não elegeram nenhuma deputada: Maranhão, Sergipe, Goiás e Amazonas.

Sobre a atual situação, Carla Vitória, ativista da Marcha Mundial de Mulheres, afirma que “o movimento que exige mais participação de mulheres na política se tornou incontornável, embora a quantidade de deputadas eleitas ainda não seja suficiente”. Ainda segundo ela, a bandeira foi incorporada tanto pelos setores progressistas quanto pelos conservadores, e exatamente por isso, a presença de deputadas que de fato representem o interesse das mulheres é ainda mais fundamental. “Não basta estar lá, ocupar um cargo e se eleger com a palavra: ‘eu sou uma mulher’ e ser a favor de pautas que pioram a vida concreta das mulheres, como é o caso da senadora Mara Gabrilli, que votou a favor da reforma trabalhista e prejudicou diretamente a vida das mulheres, acrescenta.

Carla enfatiza ainda que “em São Paulo, a pessoa mais bem votada dos legislativos estaduais é a Janaína Paschoal, que apesar de ser uma mulher diz muito pouco sobre as reivindicações das mulheres, pelo contrário. Ela levanta a bandeira contra a legalização do aborto, levanta diversas bandeiras que são contra os direitos das trabalhadoras. Não dá pra confiar. Não basta ser mulher”.

Janaína e uma legítima representante do golpe contra as mulheres, tendo se destacado como uma das advogadas que, recebendo R$ 45 mil do PSDB, deu forma jurídica ao processo de impeachment fraudulento que derrubou a primeira presidenta da República eleita no País, para impor um governo machista e de ataques aos direitos das mulheres e de todos os trabalhadores, em beneficio do grande capital internacional.

Os casos de Joice Hasselmann (PSL), jornalista, e da policial Katia Sastre (PR), que matou um assaltante à queima-roupa em frente a uma escola, exemplificam muito bem o alerta quanto ao perigo de colocar a luta democrática das mulheres acima dos interesses da classe trabalhadora. Com respectivos 1.078.666 e 264.013 votos, elas certamente tratarão à classe trabalhadora a base de chumbo grosso ou cortes nos direitos mais elementares para o povo.

Essas e muitas outras, a maioria das parlamentares eleitas, não estarão à serviço da defesa das reivindicações femininas. Pelo contrário, foram “eleitas”para defender os interesses dos golpistas, a continuidade da política ataques ferozes contra as mulheres e todo o povo.

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