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Luta contra a extrema direita

Embaixada da Venezuela: mais um avanço do squadrismo bolsonarista

Bolsonarismo miliciano somente poderá ser contido com a formação dos comitês de auto defesa

Os graves fatos ocorridos durante todo o dia 13 de novembro, quarta-feira, na embaixada da Venezuela, em Brasília, acendeu um sinal de alerta para os movimentos populares de luta e também, obviamente, para todo o conjunto da esquerda brasileira e latino-americana. Logo nas primeiras horas da manhã, cerca de 30 invasores, entre homens e mulheres, venezuelanos, mas também brasileiros (as informações dão conta que os brasileiros eram maioria entre os milicianos que adentraram de forma criminosa a embaixada) ocuparam ilegalmente a representação bolivariana na capital do país, onde passaram a intimidar diplomatas e funcionários, mulheres e crianças que ali se encontravam, inclusive com ameaças de morte.

Embora as informações que chegavam sobre a ocupação fascista da extrema direita fossem, de certa forma, controversas e desencontradas, há indícios muito fortes e evidentes de que a ação criminosa contou com a participação de elementos ligados ao bolsonarismo, tendo o próprio filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, comemorado nas redes sociais a invasão clandestina e ilegal da embaixada venezuelana. Esta hipótese ganhou contornos de realidade com a chegada à embaixada de um representante oficial do governo, um funcionário graduado do Itamaraty, de nome Mauricio Correia, representando o bizarro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.

Não há qualquer dúvida que os bandos fascistas que invadiram a embaixada foram mobilizados pela extrema direita venezuelana, que agiram com o claro intuito de atacar e desmoralizar os representantes oficiais do governo de Nicolás Maduro no Brasil, preparando a tomada da embaixada para instalar uma representação impostora e golpista. O próprio organizador da operação criminosa, o engenheiro venezuelano Alberto Palombo, se declarou um emissário do autoproclamado “presidente” golpista Juan Guaidó, que há alguns meses atrás indicou como embaixadora clandestina a senhora Maria Teresa Belandría, recebida no Palácio do Planalto com todas as formalidades protocolares pelo presidente golpista brasileiro Jair Bolsonaro, para quem entregou as credenciais de “embaixadora” (golpista).

A cumplicidade e a conivência do governo brasileiro com a invasão criminosa à embaixada estão presentes por todos os lados e isso ficou claramente patenteado nos fatos que se sucederam durante o dia, nas “negociações”, onde o representante do Itamaraty afirmava para os diplomatas e deputados que a chancelaria brasileira reconhecia como legítimo o governo do golpista Guaidó. O fato é que todos os acontecimentos que marcaram a ocupação da representação diplomática bolivariana em Brasília apontam para uma situação de aprofundamento das ações da extrema direita no país, com graves consequências para a esquerda nacional e a população explorada do país.

Para se opor ao avanço da extrema direita fascista no país; para impor uma derrota de conjunto ao imperialismo e à burguesia golpista, os movimentos de luta e a esquerda nacional devem abandonar as ilusões nas instituições, no parlamento e nos tribunais. A única forma eficaz de levar adiante a luta contra o avanço do fascismo e a extrema direita – que é a política do bolsonarismo – é fazer o que foi feito pelo ativismo militante que estava posicionado no portão de entrada da embaixada da Venezuela. A mobilização que se formou diante do impasse do lado de dentro da embaixada foi o que, de fato, fez com que a direita invasora recuasse e acabasse por desocupar as instalações da representação diplomática bolivariana em Brasília. Do lado de fora, a ação enérgica da militância foi o fator determinante para expulsar os infiltrados fascistas que buscavam provocar e insultar o ativismo que ali estavam para defender os legítimos representantes do governo constitucional venezuelano.

A situação em todo o continente é explosiva e impõe à esquerda latino-americana e brasileira a imediata tarefa de se defender da ação fascista da extrema direita. Para tanto, é necessário romper com a ideologia pacifista de derrotas e organizar imediatamente os comitês de auto-defesa da população, instrumento não só legítimo como o único que pode se colocar como eficaz para enfrentar e derrotar o conjunto das forças reacionárias latino-americanas.

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