Resultado do histórico de opressão das mulheres, a disparidade salarial com relação aos homens vem se agravando no País com o golpe de Estado.
Pesquisa publicada na última segunda-feira (26), realizada pela Oxfam Brasil com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2016 e 2017 (PNAD) , revelou que no período de 2016 e 2017, essa disparidade cresceu, diante das medidas antipopulares aplicadas que atingem as mulheres diretamente.
No ano de 2016 as mulheres ganhavam cerca de 72% do que os homens ganhavam, enquanto que em 2017 esse índice caiu para 70%.
Além de continuarem recebendo menos, a renda também diminuiu com relação ao ano anterior.
Segundo a pesquisa, esse é o primeiro recuo no que diz respeito a renda das mulheres em 23 anos. A análise feita demonstrou que em 2017 a renda média das mulheres era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15. E que, em relação ao ano anterior os homens obtiveram aumento de 5,2% enquanto que as mulheres somente 2,2%.
Nessas condições, a luta da mulher não está dissociada da luta de classes, somente com o movimento de luta das mulheres engajado com a política real e concreta de luta, será possível a verdadeira emancipação das mulheres e que garantia de fato direitos fundamentais, como a paridade salarial.
Na etapa atual, esta luta deve estar vinculada à luta contra o golpe, que se materializa hoje na mobilização pelo fora Bolsanaro e todos os golpistas.