A voltas às aulas presenciais em meio a pandemia do coronavírus, já está sendo programada em todo o país. Em regiões como Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e Paraná já foi definida uma data de retorno às atividades, entre as capitais, São Luís (MA) e Belém (PA) anunciam a data de programação para setembro.
Em São Paulo, a previsão é para 7 de outubro e o retorno seria de forma gradual de todas as séries, da educação infantil ao ensino médio. Já no DF é previsto a volta dos estudantes já a partir do dia 31 de agosto, com o retorno previsto pelas turmas mais velhas, depois secundaristas e por ultimo educação infantil. No Paraná, ainda não foi decidido a escala de retorno às atividades.
Embora não exista nenhum protocolo de retorno por parte do Ministério da Educação, a presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação) afirma que quase todo mundo (todas as regiões) têm um plano pré-definido. Mesmo sabendo que o país se aproxima de aproximadamente 101 mil mortes registradas e 3 milhões de casos confirmados, o presidente da Undime (entidade que representa os secretários municipais de educação) afirma que não existem informações técnicas consistentes para compor um retorno “seguro”, por parte dos ministérios de educação e saúde.
Nesse sentido, cedendo às pressões e manipulações da burguesia covarde direitista e sua política desesperada em detrimento de manter a economia acesa, é escancarada a política genocida dos órgãos federais e seus atuais dirigentes. Um exemplo claro desse regime, é a pressão feita por parte dos dominantes da economia, no meio educacional como os proprietários das escolas particulares, que pressionam para que aconteça o quanto antes o retorno das aulas presenciais, para salvar o lucro da empresa, assim como os bancos e grandes capitalistas se preocupam em salvar a “saúde” econômica e seus respectivos negócios.
Em meio a crise sanitária é denunciado pelos trabalhadores da saúde, que sequer existe álcool em gel dentro dos hospitais públicos, imagina nas instituições de ensino público. Dessa forma, entende-se que, de forma prática, as redes públicas não tem condição de seguir os planos de medida de higiene para combater o COVID-19. Diferentemente do regime particular de ensino, que existe suporte econômico. Por exemplo, na cidade de São Paulo, sabe-se que dois colégios da rede particular, Dante Alighieri e o Colégio Bandeirantes, firmaram convênios com o Hospital Albert Einstein e o Sírio-Libanês, hospitais destinados a extrema elite burguesa da população, onde foi elaborado um protocolo de saúde exclusivamente para a retomada as aulas. Já na rede de ensino pública, como já colocado anteriormente, não existe sequer orientação e coordenação do governo federal sobre os parâmetros de saúde.
Finalmente, a direita se aproveita da distração com a pandemia e o despreparo e consequentemente paralisação da esquerda para atacar as classes menos favorecidas, para que possa se manter no topo da pirâmide. A única forma de combater essa ameaça a política estudantil e o atropelo a vida das pessoas, se dá pela mobilização organizada, a juventude deve ser a linha de frente da luta em meio à crise, para o combate direto ao governo fascista e seu programa genocida. Volta às aulas, só com o fim da pandemia e com vacina.