A crise instalada no Brasil levou a direita a realizar uma campanha demagógica a respeito de uma suposta união nacional para salvar a população brasileira do coronavírus e da enorme crise econômica existente. Para todos aqueles que conhecem a direita e a burguesia brasileira, sabem que se trata de uma campanha com alta dose de cinismo, uma vez que a atividade preferida dessas camadas sociais é atacar os trabalhadores, em especial os mais pobres, roubando-lhes direitos, renda, moradia etc.
Em São Paulo, cidade com o maior número de infectados pelo coronavirus no Brasil, há toda uma campanha midiática liderada pela Rede Globo de Televisão para tentar reciclar governantes do PSDB como supostas lideranças nacionais, que estariam preocupadas com o povo etc. A Globo tem utilizado disputas entre diferentes setores da burguesia pela condução do Estado brasileiro, que nesse momento se manifesta, entre outras coisas, na briga entre os governadores e o presidente Jair Bolsonaro. Não se trata de uma briga por motivos humanitários, mas de uma disputa pelo orçamento público. Diferentes setores da burguesia nacional e estrangeira disputam não apenas o orçamento público brasileiro, mas a forma como o Estado brasileiro agirá diante da enorme crise social e política iniciada no país.
Para contrapor o suposto lado humanitário (governadores e prefeitos do PSDB, Novo etc) a Globo propagandeia as medidas de quarentena, suspensão de atividades sociais etc como uma grande maravilha que demonstra o humanismo desses governantes. Quando na verdade tais medidas representam apenas uma medida inicial para lidar com a pandemia. Há uma ausência completa de todos os governante brasileiros de medidas efetivas tanto para conter a escalada do vírus, proteger a população, como para amparar as milhões de famílias sem renda e sem qualquer perspectiva de uma vida minimamente digna em meio a esse caos social.
Na cidade de São Paulo, epicentro do número de infectados pelo vírus e governada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), a higienização dos ônibus, que continuam funcionando com a maior parte da sua frota, ficou a cargo das empresas de ónibus. Ou seja, o prefeito deixou aqueles que estão acostumados a torturar diariamente a população com um serviço de péssima qualidade, em ônibus lotados etc como responsáveis pela saúde dessa mesma população. Resultado, vários passageiros tem denunciado que apenas uma parte dos ônibus que se deslocam para o centro são higienizados. Aqueles que circulam na periferia não vêem a água sabe-se lá há quanto tempo. Esse é o método responsável e humanitário que o PSDB tem para governar.