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Futebol

Em seu centenário, Portuguesa é vítima dos monopólios capitalistas

A Portuguesa é vítima do controle que os capitalistas tentam exercer sobre o futebol. A ideia de transformá-la em clube-empresa é expressão dos interesses dos capitalistas.

A Associação Portuguesa de Desportos ou simplesmente Portuguesa é parte da história do futebol paulista e brasileiro. O clube foi fundado em 14 de Agosto de 1920, com a fusão de cinco clubes portugueses da cidade de São Paulo: Lusíadas, Lusitano, 5 de Outubro, Marquês de Pombal e Portugal Marinhense. Neste ano, completa o centenário de sua fundação.

A Lusa conquistou os títulos do Campeonato Paulista de 1935 e 1936, dos títulos do torneio Rio-São Paulo na década de 1940 e três Fifas Azuis, prêmio concedido aos times que ficassem 10 jogos invictos em excursões internacionais. Na década de 1970, seu estádio próprio, o Estádio Independência, famoso Canindé, é inaugurado. Em 1973, conquista o título paulista. Grandes jogadores e expoentes do futebol nacional e internacional passaram pelo clube. Em 1996, a Lusa sagrou-se vice-campeã brasileira.

Em que pese sua importância e a riqueza de sua história, a Portuguesa é vítima dos monopólios capitalistas e do controle que buscam exercer sobre o futebol. No ano de 2013, o clube foi vítima de uma ilegalidade praticada pela CBF, quando foi punida e perdeu quatro pontos, o que acarretou seu rebaixamento para a série B do Campeonato Brasileiro. Quem deveria ter sido rebaixado era o Fluminense. O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) legalizou a punição aplicada pela CBF. Os dirigentes do clube na época foram responsáveis pelo rebaixamento, o que ajudou a piorar a sua já difícil situação financeira.

Com o passar dos anos, a Lusa perdeu investimentos e visibilidade, viu decair suas receitas e, consequentemente, a deterioração de seu patrimônio. Ocorreu o sucateamento devido à falta de manutenção das suas instalações em paralelo com a queda no número de sócios. Com o endividamento crescente e a falta de receitas, a situação foi se tornando catastrófica, de tal forma que se cogitou a venda do Canindé, tradicional símbolo do clube.

Os capitalistas querem se aproveitar da situação da Lusa para capturá-la de vez. Em 2019, cogitou-se a fusão com a empresa austríaca Red Bull, similar ao ocorreu com o Bragantino, o que implicaria no apagamento de sua história, na mudança de seus símbolos e tradições em prol dos interesses da Red Bull. A ideia seria adequá-la à lógica do clube-empresa e permitir a progressiva tomada do futebol nacional pelo capital internacional. Também foi sinalizada a venda do estádio Canindé para a construção de empreendimentos imobiliários com fins de especulação.

O objetivo do clube-empresa é transformar o futebol em um empreendimento empresarial, que consolide o domínio dos capitalistas sobre os clubes e sirva como instrumento para o enriquecimento. As alegações de que é preciso “salvar” a Lusa e transformá-la em um clube-empresa são expressão, na verdade, dos interesses dos capitalistas.

 

 

 

 

 

 

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