O golpe de Estado dado contra Dilma Rousseff em 2016 modificou o Regime Político a tal ponto que a direita conseguiu, rapidamente, desmanchar todos os avanços conquistados nos governos do PT. Em um piscar de olhos, a CLT foi jogada na lata do lixo, dezenas de privatizações foram feitas e os gastos públicos foram congelados pelos próximos 20 anos.
Embora a burguesia já tenha conseguido derrubar várias conquistas históricas dos trabalhadores, o plano do imperialismo é de promover uma devastação ainda muito mais profunda. Por isso, as Forças Armadas vêm ocupando um papel cada vez mais presente na situação política, garantindo que as contradições do regime não desfavoreçam os donos do golpe. Pelo mesmo motivos, os golpistas colocaram na cadeia o maior líder popular do país.
A prisão do ex-presidente Lula foi um passo importantíssimo para o aprofundamento do golpe. Em uma única “jogada”, os golpistas complicaram a participação do ex-presidente das eleições presidenciais deste ano, consolidaram uma série de práticas arbitrárias do Poder Judiciário e ainda isolaram a figura que mais mobilizava os trabalhadores que querem enfrentar diretamente a burguesia.
Para barrar a ofensiva do imperialismo, é necessário ações concretas. É nesse sentido que José Rainha, líder da FNL, está organizando uma marcha com centenas de pessoas para denunciar o golpe. A marcha, que terá um percurso de 500 km, terá início no próximo dia 21, em Presidente Prudente. Com previsão para durar 40 dias, a marcha terminará na cidade de São Paulo e exigirá a liberdade do ex-presidente Lula.
A marcha será transmitida pela COTV e contará com a participação de vários comitês de luta contra o golpe, que realizarão atividades nas cidades por onde passará.