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PM de Rui Costa espanca negros

Em Salvador, onde candidata de Rui Costa é PM, polícia espanca jovens

Ao contrário das declarações cínicas de Rui Costa, brutalidade policial contra pretos no bairro do Paripe são uma constante

Poucos dias após o governador da Bahia Rui Costa anunciar uma major da PM como candidata petista à prefeitura de Salvador, a Polícia Militar voltou a protagonizar cenas da brutalidade chocante e característica dessa instituição sobrevivente da Ditadura Militar de 1964-1985.

Em um vídeo circulando nas redes sociais, um adolescente negro de 16 é covardemente insultado e espancado por um policial militar, que repetidamente o chama de viado, ladrão e vagabundo, referindo-se ao seu black power como “essa desgraça desse cabelo” e ainda desferindo socos e um ponta pé contra o menino. O ataque aconteceu no último domingo, 2 de fevereiro, no Paripe, bairro popular da capital baiana com mais de 84% de sua população negra, como o garoto agredido.

Em resposta, divulgada no seu perfil oficial no Twitter, Rui Costa disse não admitir a violência policial e anunciou ter determinado “apuração rigorosa e imediata” do PM mas tratou de amenizar o ataque, afirmando que seria um caso isolado e que a ação truculenta “não reflete o comportamento e os ideais da instituição”, declaração oportunista e eleitoreira que descamba para o cinismoi. Sob o seu mandato inclusive, a PM baiana protagonizou episódios de verdadeiro terrorismo contra sem terras e demais populações exploradas da Bahia. O autor do vídeo relatou posteriormente ter filmado o espancamento por ter sido ele próprio vítima da violência policia, tendo sido sequestrado por policiais militares. Segundo o autor, a brutalidade com que a polícia militar trata os moradores do bairro, sobretudo jovens pretos com determinados tipos de cabelos e vestimentas está muito longe de ser um “caso isolado”. Identificado, o garoto que filmou a agressão precisou sair do bairro por conta das ameaças.

Pesa ainda contra a declaração cínica de Rui Costa outro suposto caso isolado ocorrido no mesmo 2 de fevereiro, em meio as festividades religiosas de Iemanjá, onde policiais militares foram flagrados agredindo jovens negras de maneira covarde e bárbara. O vídeo, divulgado pelo portal Mídia Ninja é igualmente chocante.

Ao contrário de toda a verborragia eleitoreira de Rui Costa, todos sabem que episódios assim quase sempre terminam impunes. Isso por que o terrorismo provocado pelos agentes da repressão reflete exatamente o comportamento e os ideais da instituição. Fica óbvio para qualquer um dotado de uma inteligência minimamente normal que tampouco se tratam de casos isolados. Se alguns são pretos ou de outra etnia explorada, se tem origem humilde também, se são mulheres ou homens, nada disso faz diferença alguma para o adolescente espancado, para as meninas agredidas ou para o rapaz sequestrado. A Polícia Militar é uma instituição dedicada a fazer exatamente isso: torturar, espancar, roubar, estuprar e aterrorizar das formais mais vis e covardes o conjunto da classe trabalhadora brasileira, sobretudo a população pobre e preta. Todos os defeitos de uma burocracia tradicional, que não responde a ninguém e, consequentemente, serve a quem pagar mais, estão expostos de maneira clara com a atuação rotineira dos policiais militares. Por isso o PCO defende que a própria população organize sua segurança através de comitês de autodefesa, defendendo ainda a extinção dessa verdadeira máquina de massacre contra a população brasileira que são as polícias militares na Bahia e em todos os estados.

Como estamos vendo com a ação oportunista de indicar uma major da PM (portanto, uma oficial graduada e de atuação destacada nessa arte macabra) para a prefeitura de Salvador aliada às declarações cínicas que buscam minimizar a brutalidade policial, Rui Costa reforça, mais uma vez, sua posição conservadora de aliança com o que existe de mais reacionário na sociedade baiana e brasileira em nome de um projeto político carreirista que só interessa ao próprio Rui Costa, contrário os trabalhadores e as amplas camadas pobres da população sempre que os interesses individuais do oportunismo rasteiro se chocarem com os da massas baianas.

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