Quem mais persegue e mata o povo negro no Brasil são as polícias militares. No entanto, essas mesmas polícias são incumbidas de fiscalizar o que dizem os cidadãos brasileiros com o fajuto intuito de prender quem comete atos racistas.
No dia 27/08/2019, a polícia de Boa Vista (RR) abordou um grupo de jovens que estavam em “atitude suspeita”. Ao realizar uma revista pessoal nos jovens, encontrou maconha com eles. Um dos garotos iniciou uma transmissão ao vivo do ato da polícia e, ao ser impedido por um policial de realizar um direito democrático seu, teria dirigido uma injúria racial ao policial negro, chamando-o de “Negão”. A polícia resolveu prender o rapaz, sob a justificativa de que a atitude dele seria racista e desmedida.
O estado brasileiro realiza uma gigantesca perseguição contra o povo negro. Não a toa, cerca de dois terços dos presos do país são negros. Julgar alguém que, se sentindo extremamente coagido pela polícia por fumar maconha e por ter gravado a ação abusiva da polícia como racista, é um ataque aos direitos da população brasileira.
A lei que prendeu o garoto de 20 anos não foi usada para o atual presidente (ilegítimo) da república, o fascista e golpista Jair Bolsonaro, por ter dito que os quilombolas não pesavam nem 7 arrobas, medida que é utilizada para pesar o gado. Ao mesmo tempo, a lei persegue pessoas como o ex-presidente Lula, que mesmo sem ter cometido crime algum já leva mais de 500 dias de prisão para que não pudesse participar das eleições de 2018.
Atrelar o comportamento racista de alguns indivíduos como caso de polícia, é jogar a responsabilidade da luta contra o racismo e a opressão do povo negro nas mãos da polícia que mais mata no mundo e do judiciário de pessoas como Dallagnol e Sérgio Moro, que não tem preocupação alguma em combater o racismo, mas sim, garantir que a classe trabalhadora brasileira fique quieta frente aos interesses da burguesia.
O combate real ao racismo se dá através de uma luta real, em que a população negra possa se armar e se defender dos ataques que vem acontecendo por parte da extrema direita com maior frequência desde o golpe de 2016 e não passando esse dever para as mãos daqueles que tem o maior interesse em massacrar o povo negro no Brasil.