Os trabalhadores rodoviários, da empresa Real Alagoas realizaram nessa quarta-feira (20), em Maceió, manifestação em protesto, e preparam uma greve, nos próximos dias, contra a falta de pagamento dos seus salários e dos seus tickets alimentação.
A justificativa dos patrão, para a não realização do pagamento, é a “falta” de recursos das empresas para tal. Segundo o sindicato das empresas de ônibus (Sinturb) “as empresas estão enfrentando uma das maiores crises do setor, situação essa, agravada com a perda de 75% dos passageiros durante as medidas de isolamento contra o coronavírus” (gazetaweb.com 20/05/2020)
Todo mundo sabe que os cofres das empresas de transporte, entra ano e sai ano, vivem abarrotados de dinheiro e, essa conversa de que com a crise da pandemia os empresária estão em crise é a desculpa que eles utilizam para que mantenham os seus privilégios às custas da miséria dos trabalhadores.
Para os trabalhadores é preciso ter bem claro que esse é o método da burguesia. Exploram a classe trabalhadora até o osso, 365 dias por ano, durante décadas e, quando aparece uma “crise” jogam todo o “prejuízo nas costas dos trabalhadores. Os rodoviários de Maceió estão com toda a razão em não confiar, num milímetro que seja, nos patrões e de seus representantes no governo do estado.
Se os capitalistas não tem a capacidade de gerir os seus negócios em momentos de crises sem prejudicar a classe trabalhadora a saída é ocupar as empresas e passar a controlá-las diretamente. Estatizar as empresas sob o controle dos trabalhadores, única forma de afastar a possibilidade do aumento da miséria na categoria.
Os trabalhadores rodoviários além de estarem passando por um verdadeiro ataque por parte dos patrão, com o risco de perderem os seus próprios empregos há, por parte da categoria uma insatisfação com a atuação da diretoria do seu sindicato, quando reclamam da atitude da mesma quando da assinatura da convenção coletiva com os empresários, sem que a categoria fosse consultada, uma convenção coletiva extraordinária em caráter de urgência baseada na famigerada MP (Medida Provisória) 936 que, em nome da manutenção do emprego a categoria teve os seus salários rebaixados. O resultado é esse: depois de terem os seus salários reduzidos desde o mês de abril, agora os trabalhadores são recompensados com a demissão. Um verdadeiro absurdo em se tratando de uma entidade representativa dos interesses dos trabalhadores.
Para barrar a ofensiva reacionários da direita golpistas, que estão se utilizando da crise da pandemia para aumentar, ainda mais, os ataques é necessária itensificar os métodos de lutas da classe trabalhadora com a greves, ocupação da empresa, etc. até que as suas reivindicações sejam atendidas.