Em mais uma reunião, realizada na última terça-feira (1), entre a Federação dos Bancos (Fenaban) e os representantes sindicais dos trabalhadores bancários, os banqueiros, mais uma vez, se recusam a atender as demandas dos bancários, tanto no que diz à segurança sanitária da categoria, a garantia de direitos, quanto à política de demissão em massa dos bancários.
No quesito demissões, os banqueiros se recusaram a renovar o acordo firmado, no começo do ano de 2020, com as organizações sindicais de não demitir enquanto durasse a pandemia do coronavírus, acordo esse que não teve serventia alguma, já que os banqueiros jogaram no olho da rua cerca de 13 mil trabalhadores ao longo do ano de 2020.
Uma pequena amostra do que está por vir, neste ano, é o exemplo do Banco do Brasil que, logo que entrou janeiro, através da política de reestruturação que vem passando a empresa, foram demitidos mais de 5,5 mil bancários através dos famigerados Planos de Demissões “Voluntárias” (PDV’s), e o fechamento de 361 unidades bancárias, dentre agências, escritórios e postos de atendimento.
Uma outra questão de extrema gravidade na categoria bancária é a que diz respeito às medidas sanitárias em relação à pandemia do coronavírus, que os banqueiros tratam com desdém desde o início da pandemia.
Os banqueiros, mais uma vez, se recusaram a adotar medidas que visem proteger os seus funcionários e a população em geral, que se aglomeram nas agências bancárias. Uma das questões reivindicadas em mesa de negociação, nesta semana, foi a diminuição do horário de atendimento ao público nas agências e a suspensão de visitas aos clientes, que foi prontamente negado pelos banqueiros.
Desde o início da pandemia, nas agências bancárias falta de tudo para que os trabalhadores e clientes não sejam vítimas da contaminação. Não tem álcool gel, não há o fornecimento de máscaras protetoras, são poucas as agências que possuem o painel de acrílico protetora nos guichês de caixa e nas mesas de atendimento ao público, os clientes se aglomeram nas agências e nas salas de autoatendimento, sem que o ambiente tenha, ao menos ventilação. A higienização dos locais de trabalho, nem pensar.
A categoria bancária e a população em geral estão correndo um sério risco de morte por conta do total descaso dos banqueiros por conta da contaminação dos coronavírus nas dependências bancárias, não é por acaso o número altíssimo de bancários que foram contaminados e que vieram a óbito.
Contra os ataques dos banqueiros, os trabalhadores devem levantar a voz e dizer aos patrões um retumbante e unitário NÃO. Não aceitar as demissões; não aceitar que os trabalhadores sejam tratados como lixo, para que meia dúzia de parasitas lucrem às custas das mortes dos bancários.
Os funcionários devem refutar qualquer pressão e qualquer “tentativa de negociação” que vise fazer os bancários engolirem as demissões e os ataques aos seus direitos. O emprego é inegociável. É preciso convocar assembleias em todos os sindicatos, plenárias unificadas da categoria, tudo mais que for preciso para colocar a poderosa força da classe trabalhadora organizada em movimento, em uma campanha nacional de luta contra as demissões e pelas demais reivindicações dos trabalhadores.