Em meio a profunda crise de saúde pública na capital paulista, por conta do coronavírus, o prefeito tucano, Bruno Covas, busca fazer demagogia eleitoral anunciando a inauguração de ciclovias na cidade. São Paulo atingiu a cifra de 24.109 mortos, com mais de meio milhão pessoas infectadas. A cidade está em primeiro lugar no número de pessoas contaminadas e mortas dentre as capitais do país.
Ao mesmo tempo em que o prefeito golpista da capital diminui a infraestrutura de combate ao coronavírus, com o fechamento do hospital de campanha no estádio de Pacaembu, anuncia logo em seguida a expansão da malha de ciclovias na zona sul da cidade. Ao todo serão abertos 173,5 km em conexões e 310 km de requalificações. Os investimentos são da ordem de R$325 milhões.
A medida revela a verdadeira face do prefeito tucano da capital paulista, o qual foi pintado por vários setores de esquerda como sendo “científico” e “humanitário” por conta da limitadíssima política de isolamento social, a qual hoje já foi completamente abandonada pelos prefeitos e governadores, atendendo os interesses dos grandes capitalistas. Na última terça-feira, dia 3, por exemplo, Bruno Covas mandou agentes da prefeitura, escoltados pela guarda civil da cidade, munidos com espingarda calibre 12, tomar os pertences dos moradores de rua na zona norte da capital.
Ainda nesta semana, os vereadores da cidade aprovaram com 32 votos favoráveis e 17 contra o projeto de Lei 452 da prefeitura, o qual abre caminho para a privatização da educação pública na capital paulista com a contratação de vagas no ensino privado além do aumento do número de professores temporários na rede, sem qualquer direito. Ainda sobre a educação, Covas assim como Doria, preparam para aumentar o genocídio contra a juventude na capital e no estado, por meio da reabertura das escolas.
Há também inúmeras denúncias de atrasos de salários de trabalhadores da saúde, os quais estão na linha de frente no combate da disseminação do coronavírus.
Enquanto faz demagogia eleitoral abrindo ciclovias, Covas e Doria aprofundam também a política de repressão contra a população pobre e negra da cidade. Somente entre janeiro e abril neste ano, a Polícia da capital paulista matou 60% a mais do que no mesmo período do ano passado. Foram 98 mortos pela PM contra 68 no ano de 2019.
Diante desta ofensiva do governador e do prefeito golpista contra a população pobre, negra, a juventude e a classe trabalhadora da capital paulista, é necessário não se confundir e impulsionar a mobilização contra Covas e contra João Doria. Contra o extermínio da população paulistana e paulista é necessário levantar as palavras de ordem de Fora Covas e Fora Doria.