Conforme divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na última quinta-feira (09), ocorreu um crescimento na carestia, com especial destaque nos preços dos alimentos, gerando um impacto de 0,22% no grupo de alimentos e bebidas, na inflação de março.
Após a disparada da carne bovina em Dezembro 2019, contamos com mais esse grande aumento, em consequência do novo coronavírus, que ocasionou a demanda maior por alimentos, por conta do isolamento de uma parte da população.
Entre a série de itens que registraram inflação nos preços, um que chama a atenção, é o do ovo 4,67%. Uma vez que a carne bovina atingiu preços estratosféricos nos últimos meses, a mais acessível fonte de proteínas era justamente o ovo. Com a renda cada vez mais apertada e o preço dos alimentos disparando, como fica a segurança alimentar da população?
Em nota, a ABIA (Associação Brasileira da Indústria do Alimento), informa que “ não discute preços, uma vez que as negociações entre as empresas do setor e as cadeias de varejo contextualizam-se em um cenário de livre mercado”.
Toda essa situação mostra o tripúdio sobre o povo brasileiro, que já é severamente onerado com esta crise, enfrentando mais dificuldades do que era previsto, o nome correto para todo esse cenário chama-se “especulação”, mais uma arma do capitalismo para expropriar a população, que já tem sido selvagemente atacada por esse “livre mercado”, que para os trabalhadores, não tem nada de livre!
A população já teve o seu poder de compra drasticamente reduzido mas somente isso não basta, a burguesia se une para adotar medidas que a passos largos, jogam a população no abismo da miséria. E como resposta do nosso governo aos ataques que essa elite fascista impõe, temos a campanha “fique em casa”.
Mais uma vez chamamos a atenção para medidas que, de fato, atendam o povo como a criação de comitês de controle do abastecimento, contra a especulação com gêneros de primeira necessidade, exigindo aumento dos valores do Bolsa Família e extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica.