Da redação – Quinta-feira (03/10), o presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou estado de sítio em meio à grandes mobilizações contra sua política econômica neoliberal – de acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo Moreno, a medida foi para conter o “caos” no país, utilizando-se das Forças Armadas nas ruas para conter a rebelião popular contra os ataques do governo. A medida, além de aumentar a repressão policial, também o permite de estabelecer censura prévia dos meios de comunicação para manter a “segurança do Estado”.
A ministra do governo, María Paula Romo, informou à imprensa que o estado de sítio durará 60 dias para “recuperar a paz”.
Protestos contra Moreno
Nesta quinta-feira (3), as ruas do país amanheceram com grandes mobilizações contra o governo equatoriano. As federações de transporte do Equador paralisaram atividades por conta da política de acabar com subsídios para diesel e gasolina, que encareceu o combustível substancialmente.
Todas a categorias, de taxistas a caminhoneiros, passando por motoristas de ônibus, pararam. Os estudantes se somaram à paralisação, saindo às ruas, marchando contra o governo e enfrentando a repressão policial.
Los estudiantes de la Universidad Central marchan hacia el centro en Quito. #MovilizacionNacional #ParoDeTransporte pic.twitter.com/JbZbQAjm4V
— Adriana A. Noboa (@rougehead) October 3, 2019
A polícia chegou a reprimir jornalistas nas ruas e 19 pessoas já foram detidas.
[URGENTE] Este es el momento en que periodistas Julio Estrella de @elcomerciocom y Daniel Molineros de Agencia API, son atacados por la @PoliciaEcuador mientras cubrían protesta en #Quito.@FUNDAMEDIOS @inredh1 @cedhu @mariapaularomo pic.twitter.com/QeRT3GxRAY
— Wambra Medio Comunitarioᅠ (@wambraEc) October 3, 2019
O governo de Moreno é fantoche do imperialismo. Eleito como político de esquerda, Moreno se vendeu aos norte-americanos e está realizando uma política de austeridade econômica, cortando gastos com serviços sociais e fazendo acordos com os banqueiros internacionais.