2019 foi o ano em que mais membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) morreram, totalizando o número de 77 mortos e, já nesse dia 02 de janeiro, o partido que deu lugar ao grupo guerrilheiro anunciou que mais um de seus militantes foi assassinado, o ex-guerrilheiro Benjamín Banguera Rosales. Em 2016, um acordo de paz entre a guerrilha e o governo colombiano foi firmado, porém, como já era de se esperar, o governo não respeitou o acordo e iniciou uma perseguição aos membros do partido.
Enquanto isso, membros da milicia de extrema direita Autodefensas Gaitanistas de Colombia (AGC) cercaram 4 comunidades na região de Chocó. O grupo tem o intuito de tomar conta da região por ela ser de grande importância para o tráfico de drogas.
De acordo com a Telesur, moradores da região que conseguiram escapar ao cerco relataram que cerca de 300 homens armados tomaram conta das comunidades de Curbaradó, Jiguamiandó, Pedeguita y Mancilla y La Larga Tumaradó. Os paramilitares proibiram qualquer repasse de informação de dentro das comunidades, sob pena de executar os líderes locais caso alguma informação escape.
A organização paramilitar de extrema direita foi formada em 2008, após o desmanche da Autodefensas Unidas de Colombia, maior grupo de extrema direita do país e responsável por pelo menos 100.000 mortes durante o tempo de sua atuação.
A AGC é responsável por 80% das mortes de civis na Colômbia e tem participado em peso da perseguição aos membros do partido das FARC após o acordo de paz e foi utilizada pelo governo de extrema direita de Ivan Duque para reprimir a população durante as manifestações que tomaram conta do país no final de 2019.
Como resposta a todas essas investidas da extrema direita, o que sobra do partido das FARC capitula como a esquerda brasileira, cobrando de Ivan Duque (o fascista que está exterminando a população colombiana) que ele leve escolas, hospitais e segurança para os territórios cercados, ao invés de chamar a população para a luta contra a extrema direita.