Nesta segunda-feira (30/9), o Ministério da Educação anunciou a liberação de quase R$ 2 bilhões, que estavam bloqueados desde maio para as universidades e instituições de ensino federais. A estratégia foi uma resposta para tentar acalmar os ânimos das organizações estudantis e de trabalhadores, que estão convocando greves nacionalmente para quarta e quinta-feira.
CUT, UNE, enre outras organizações, estão mobilizando mais um ato contra o governo. Chamada de Greve Nacional da Educação, a tendência é que seja mais uma das manifestações que vêm tomando força e se radicalizando ao longo deste ano, e que têm reunido o descontentamento crescente de setores em torno da derrubada de todo o governo Bolsonaro.
Ainda que os atos estejam muito aquém da capacidade de mobilização das organizações de esquerda – já que muitos partidos estejam aderindo a uma política de conciliação e composição de alianças eleitorais, levando junto os sindicatos controlados por elas – o recuo é uma demonstração de que a mobilização deve continuar.
Mesmo que o único problema em questão fossem os cortes do MEC, só eles já configuram uma atitude criminosa que interrompeu o funcionamento de restaurantes universitários, pesquisas científicas, e já causou demissões de trabalhadores das universidades. A única política aceitável para a Educação no país é o aumento de investimentos públicos, até que todo ensino seja realmente universal.
Ocorre que a devastação que o país atravessa sob o regime golpista e com Bolsonaro é muito maior do que isso. As organizações devem aprofundar a organização conjunta, em torno de uma reivindicação conjunta, que representa o interesse de toda população pobre e trabalhadora. Isso é, o Fora Bolsonaro, cancelamento da eleição e chamado por novas eleições com Lula livre.