O número oficial de infectados na pandemia por covid-19 no sistema prisional no estado do Amazonas subiu para 49 detentos, com um óbito. Segundo os dados oficiais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) – Amazonas os contágios ocorreram em apenas quatro das oito unidades prisionais do interior do estado, ocorrendo apenas um caso de um de um detento em trânsito.
A unidades prisionais do interior do apresentaram casos confirmados de covid-19 foram as: Unidade Prisional de Itacoatiara, Unidade Prisional de Parintins, Unidade Prisional de Tabatinga e Unidade Prisional de Tefé. A Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), teve 02 casos confirmados de internos e três de servidores.
Outra das quatros unidades de tiveram casos confirmados de covid-19, foi a Unidade Prisional de Parintins (UPPIN), destas 34 detentos e 03 servidores deram positivo para infecção de covid-19. Destes 34 detentos da unidade UPPIN, 23 continuam reclusos na unidade e 11 tiveram as penas revertida em prisão domiciliar.
O presidiário que veio a óbito estava recluso desde fevereiro na Unidade Prisional de Tabatinga (UPTBT). O senhor de 46 anos, estava internado a cinco dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Tabatinga e faleceu na manhã desta quarta-feira dia 13 de maio. Na mesma unidade de UPTBT outros sete detentos e trÊs servidores testaram positivo para a infecção de covid-19.
A última unidade prisional com casos confirmados foi a Unidade Prisional de Tefé (UPT), nesta unidade foram computados cinco internos com covid-19, onde um destes teve sua pena convertida em prisão domiciliar.
Ressaltamos a todo momento casos confirmados porque no estado estado Amazonas onde houveram 17.181 casos confirmados e 1.235 mortes, 9.410 casos e 809 óbitos foram na capital Manaus. Também é na capital Manaus que há o maior números de unidades prisionais, totalizando 10 unidades prisionais, entretanto não há nenhum caso confirmados pela SEAP – Amazonas na capital.
Outro fato que levanta ainda mais suspeitas sobre a ocorrência de subnotificação na rede prisional foi a rebelião que houve na capital no dia 2 de maio, na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). A rebelião durou mais de cinco horas e teve início quando agravou-se a situações de detentos com sintomas de covid-19.
Hoje há no Amazonas uma população de 5 mil presos, onde a lotação máxima deveria ser de 3.508 internos, o que implica em uma lotação com 40% de superávit do projetado. Nestas condições subumanas não há como se falar em distanciamento social ou isolamento eficaz dos casos suspeitos de infecções por covid-19.
Na forma que está constituído o sistema prisional brasileiro, manter os detentos reclusos para muitos é uma condenação a pena de morte. Há de se soltar os presos para barrar essa chacina.