No estado mais afetado, em termos percentuais, pelo coronavírus no país, o Amazonas, hospitais privados de Manaus cobram até R$ 100 mil antecipados para tratar os doentes nas UTIs.
Após o rápido anunciou de colapso do sistema público de saúde, os grandes capitalistas viram na crise uma forma de lucrar, lucrar com as mortes e com o genocídio do povo brasileiro. As vagas nos hospitais públicos acabaram, os cemitérios superlotaram, e todo o estado está em pleno colapso. No entanto, não é essa a preocupação da burguesia brasileira.
Mesmo sendo ilegal cobrar em casos de emergência, os hospitais privados da capital colocam valores que variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil, para neste caso poder atender pacientes particulares sem plano de saúde.
O absurdo é visto em locais como o Samel, onde o depósito inicial é de 100 mil reais. Sendo que há ainda a cobrança de diária. Tal valor seria suficiente apenas para internar o paciente por 5 dias, caso necessite demais para sobreviver, há uma diária de 5 mil reais a ser paga.
O pagamento precisa ser feito a vista, e caso o paciente necessitar de intubação e UTI o preço sobe ainda mais (dados esses que não foram divulgados pelos hospitais). A rede Samel, citada anteriormente, pertence a família do ex-deputado federal Luiz Fernando Nicolau, do PSD.
Já o hospital Checkup cobra R$ 50 mil adiantados e R$ 25 mil para “casos leves”, para serem atendidos em enfermarias ou apartamentos. De acordo com o diretor da unidade, a “política financeira”, vem antes mesmo do inicio da pandemia.
O mesmo ocorre no Hospital Santo Alberto, na área nobre de Manaus, deixando claro que classes sociais terão acesso à saúde.
Pacientes que precisam de atendimentos, só serão internados após confirmação do depósito. Ou seja, para sobreviver no país, o trabalhador se defronta com imposições absurdas. Não há ninguém da população pobre que chegue a ter sequer condições de sonhar em pagar tais valores. Esperar a morte, é a solução dada pela burguesia à classe operária.