Foi suspensa, nesta sexta feira (31) a lei que concedia desconto nas mensalidades das instituições de ensino privado no Rio de Janeiro, a decisão foi tomada pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. A Lei garantia um desconto de 30% sobre o valor da mensalidade escolar acima do piso de R$ 350,00.
Efetivamente a atitude do ministro transfere a pressão da crise para o estudante do ensino privado, este agora se encontra em uma posição ainda mais delicada pois caso queira continuar matriculado, terá que pagar integralmente a mensalidade de sua escola ou universidade sem que haja condições de receber uma educação de qualidade e expondo sua saúde a risco. Ele está colocado entre o EAD, marca do sucateamento do ensino e inacessível para um grande parte da população e a volta às aulas presenciais sobre o perigo de contaminação tanto sua quanto de seus próximos, professores, familiares.
Essa decisão de Dias Toffoli vem para atender os interesses dos tubarões do ensino privado, interesses fundamentalmente econômicos e que nada tem a ver com qualquer preocupação relacionada à educação. A burguesia de conjunto busca com isso a volta às aulas presenciais, basta ter em mente que as instituições de ensino funcionando normalmente cumprem também o papel de movimentar parte da economia de determinada cidade. Isso se caracteriza como um verdadeiro genocídio dado o momento em que a pandemia está completamente fora de controle.
Isso é apenas mais uma amostra do descaso da burguesia e seu governo presidido pelo fascista Jair Bolsonaro tem com a população. É necessário se opor a essa política, organizando os estudantes, professores, técnicos e familiares para se mobilizar com as palavras de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas, não ao ensino a distancia, não as aulas presencias, nada de mensalidades durante a pandemia, volta às aulas somente com o fim da crise sanitária e sob decisão das organizações dos mais interessados, os estudantes.