Nesta segunda-feira (29/04), o presidente Ilegítimo Jair Bolsonaro participou da maior feira do agronegócio do país, a Agrishow, em Ribeirão Preto/SP. Durante o evento, Bolsonaro declarou que irá enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional para isentar latifundiários de punição ao atirar contra trabalhadores rurais sem-terra, indígenas ou quilombolas que realizarem ocupações dessas terras.
“É um projeto para fazer com que, ao defender sua propriedade privada ou sua vida, o cidadão de bem entre no excludente de licitude, ou seja, ele responde [um processo], mas não tem punição”, disse o presidente ilegítimo e fascista Bolsonaro. Como o próprio Bolsonaro explicou, o excludente de licitude permitiria que os latifundiários e pistoleiros cometessem qualquer crime sem que sejam punidos e sob a alegação de legítima defesa.
Além disso, Bolsonaro prometeu que os latifundiários e seus jagunços poderão portar armas em todo o latifúndio sem precisar esconder e que já está em negociação com o presidente golpista da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia. “Estive com ele (Maia) e a questão do agronegócio entrou na pauta. Ele vai pautar um projeto pra que a posse de arma do produtor rural possa ser usada em todo o perímetro da sua propriedade”.
Essa medida já havia sido anunciada em sua live no facebook na quinta-feira, mas voltou a afirmar com a plateia repleta de latifundiário e empresas do agronegócio “moderno”. Caso seja aprovado, a medida vai ser um banho de sangue contra os movimentos de luta pela terra ou para justificar o assassinato de lideranças, pois essas sempre se deslocam por estradas que cortam esses latifúndios para ir na cidade ou buscar água nos rios e represas, por exemplo.
Bolsonaro e os latifundiários querem legalizar os grupos de extermínio no campo e pistoleiros, garantindo uma atuação violenta sem qualquer tipo de punição. O governo está mostrando cada vez mais o motivo de ter sido colocado de maneira fraudulenta na presidência: esmagar as organizações de trabalhadores e da luta pela terra. Por isso, pacifismo e negociações parlamentares com Bolsonaristas ou militares não irão resolver ou impedir o avanço da extrema-direita, pelo contrário.
É preciso lutar contra essa ofensiva do ilegítimo presidente Bolsonaro com uma onda de ocupações de terra, trancamento de estradas e ocupação de prédios públicos realizada pelos trabalhadores sem-terra, indígenas e quilombolas.