Manifestantes no Iraque invadiram na quarta-feira (31/12), último dia do ano, a embaixada norte-americana em Bagdá. Aos gritos de “morte à América” a população enfurecida e sublevada destruiu o prédio da nação imperialista, em retaliação a um bombardeio ilegal que ocorreu na cidade de Kirkurk, sob o pretexto desgastado de guerra ao terrorismo, deixando 25 mortos e 51 feridos.
A sublevação no Iraque virou o ano. Os manifestantes passaram a virada de ano dentro da embaixada, em meio aos destroços da revolta e dos funcionários da embaixada tendo que se esconder nos porões do prédio. Devido à invasão norte-americana do Iraque em 2003, a nação caiu em verdadeira agonia e crise sistemática. Uma verdadeira terra arrasada, governada por milícias e dividida. De lá para cá, a radicalização de setores populares tem sido cada vez mais expressivas.
Em meio à crise iraquiana, o presidente norte-americano, usando o Twitter, não pestanejou em culpar o Irã da revolta que os próprios Estados Unidos provocaram. A declaração termina com: “Isso não é um aviso, é uma ameaça. Feliz Ano Novo!”. O ministério das relações exteriores iraniano respondeu, através do porta-voz da pasta, Abbas Mousavi: “[os Estados Unidos] têm a surpreendente audácia de atribuir ao Irã os protestos do povo iraquiano contra a matança selvagem (de Washington) de pelo menos 25 iraquianos…”
Após a notícia circular o mundo, e a imprensa burguesa a nível mundial tentar culpar o Irã de algo provocado pelo imperialismo, surgiu um vídeo* que mostra caças norte-americanos atacando os manifestantes na virada do ano em pleno Bagdá. E notícias de que os Estados Unidos movimentam uma tropa de 150 soltados para reprimir os manifestantes. Deixando explícito aquilo que nunca acabou definitivamente: a invasão do imperialismo norte-americano no Iraque.
Fora imperialismo do Iraque e de todo Oriente Médio!