Em Assembleia estudantil na USP, que ocorreu na terça-feira (11), foi aprovado pelos estudantes a palavra de ordem “Liberdade para Lula”, como uma das pautas da greve geral e da mobilização estudantil do dia 14 de junho. Porém, a esquerda golpista fez de tudo para impedir que isso acontecesse.
Quando a Aliança da Juventude Revolucionária (PCO – AJR) colocou a proposta, junto com o grupo do PSOL, Socialismo ou Barbárie, de aprovar, para o dia 14, as palavras de ordem; Fora Bolsonaro, Moro e Mourão; Eleições Gerais já; liberdade para Lula; e contra os cortes na educação, os grupos da esquerda pequeno-burguesa saíram do túmulo para derrotar a votação.
O DCE, controlado por PT e PCdoB, mantiveram a liberdade de Lula, mas procuraram derrotar a palavra de ordem “Fora Bolsonaro, eleições gerais” através do “Fora Moro e Fora Weintraub”, que em si é um erro pois do que adianta derrubar um ministro sem derrotar todo o governo? No máximo, um outro ministro da justiça, tão ruim quanto Moro, entrará em seu lugar. O PT, que votou junto ao MES-PSOL, argumentaram que Bolsonaro ainda tem apoio popular – algo totalmente fora da realidade.
Porém, isso é o menos importante, pois pelo menos, a liberdade de Lula foi aprovada. O interessante foi ver, mesmo após o escândalo da Lava Jato, mostrando a conspiração para prender Lula de forma ilegal, os grupos da esquerda golpistas tentando impedir os estudantes da aprovarem a luta pela liberdade de Lula.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), procurou junto com o Território Livre, grupo que recentemente escreveu um editorial com o título “Fora Moro! Lula na prisão!”, argumentar de que a palavra de ordem “liberdade para Lula”, e todas suas variantes, “não unificam”.
Obviamente, como ficou claro com a defesa do golpe contra a Dilma Rousseff (PT), a unificação que buscam estes setores não é com os trabalhadores e suas organizações, mas com os golpistas e o imperialismo.
Eles ficaram na defensiva de afirmar, frente a todos da Assembleia, que defendem a prisão totalmente ilegal de Lula, a principal liderança (gostemos ou não) da esquerda pelo imperialismo e a extrema-direita.
Estes grupos, que estão na defensiva por ter apoiado o golpe em todas as ocasiões, agora procuram justificar seu golpismo com argumentos fajutos. O bom foi que perderam na Assembleia.