Devido ao extremo agravamento da situação na Universidade de Brasília (UnB) a mobilização dos estudantes só tem crescido diante da luta contra a política de massacre contra o ensino público superior no país e contra a educação de conjunto. Tudo isso está representado pelas consequências diretas do golpe de Estado que culminou em um verdadeiro ataque contra o ensino no país, isso por meio da PEC 95 que congela os investimentos em saúde e educação por 20 anos.
Diante do cenário que está colocado, os estudantes já vêm se organizando prontamente, organizando assembleias e paralisações dos estudantes em conjunto com os servidores terceirizados que vêm sendo fortemente atacados em consequência do forte desfalque no orçamento da Universidade. Nesse sentido, os estudantes de letras, já estão mobilizados para o início de uma greve contra todos os ataques que vêm sendo feitos, mais precisamente em relação aos mais de 1000 estagiários que foram dispensados.
Para além de reivindicar a autonomia da universidade, os estudantes denunciam a posição do MEC em relação aos cortes na educação, é sabido que o Ministério da Educação era encabeçado pelo golpista Mendonça Filho, agora substituído para poder disputar as eleições, o mesmo que afrontou a autonomia da universidade ao tentar censurar a matéria sobre o golpe de Estado de 2016.
Por isso, os estudante de letras decidiram deflagar greve estudantil a partir do 2 de maio, a proposta é que se crie comissões para que a mobilização aumente dentro do espaço universitário e no instituto de letras, fomentando o diálogo com professores, servidores e todos aqueles que tem como prioridade a defesa da universidade, para assim conseguir a realização de uma massiva greve que seja significativa na luta pelas reivindicações pedidas. Mais do que isso, os estudantes devem levantar a palavra de ordem contra o golpe, sendo ele o grande responsável pelo sucateamento das universidades no país, em especial nesse caso a UnB.