A situação gerada pela pandemia de Covid-19 em São Paulo agrava-se cada vez mais. O Estado é o epicentro da crise no país, com mais de 17 mil casos e mais de 1500 mortes confirmadas. Só na capital, são mais de 1000 óbitos.
O cemitério de São Luiz planeja a abertura, em 5 dias, de 2.500 novas covas em uma ala separada para o sepultamento de mortos em função da doença causada pelo novo coronavírus. A cada 15 minutos, uma nova cova é aberta pelo operador da escavadeira.
A situação, porém, é bem pior do que está sendo notificado. Por todo o Estado, e por todo o país, a subnotificação vem sendo um enorme problema. O cenário real da pandemia não é o cenário oficial, anunciado pelo Ministério da Saúde.
Outro fato problemático é a falta de testes e a demora para sair os resultados. Muitas mortes ocorrem e, pela falta de testagem, muitos óbitos de Covid-19 não são detectados. Da mesma maneira, a ineficiência no tempo para diagnosticar os infectados também promove um cenário que não retrata o avanço real da crise epidemiológica.
Sem medidas eficientes, sem testagem em massa, sem buscar formas de agilizar o tempo para a confirmação dos diagnósticos, seguimos um caminho cego, onde a tendência é que o número de mortos aumente exponencialmente, de forma descontrolada. Um genocídio propagado da classe trabalhadora.