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Crise continental

Em 2º dia de protestos, população derruba ministros no Paraguai

Paraguaios mostram caminho para enfrentar a pandemia para todo continente

Desde a noite da última sexta-feira (5), uma intensa mobilização tomou conta do Paraguai. Mesmo contra a repressão policial do regime golpista e em revolta contra o colapso do sistema de saúde, em plena pandemia, milhares de paraguaios saíram às ruas na região de Assunção, para exigir a renúncia do presidente Mario Abdo Benítez.

Com a presenta majoritária da juventude, ao mesmo tempo em que explodia uma nova onda de mobilizações no Chile, os paraguaios saíram aos milhares em um radicalizado protesto. Hoje, o país tem cerca de 166.000 casos de coronavírus confirmados, e mais de 3 mil mortos, em uma população menor que a região da grande São Paulo.

O protesto, extremamente radicalizado, gerou intensos confrontos com o aparato de repressão paraguaio e conseguiu por fim, provocar a renúncia do ministro da saúde, Julio Mazzoleni, um dos primeiros a serem responsabilizados pela crise da pandemia no país.

A decisão foi impulsionada pelo Senado, em uma tentativa de conter a intensa manifestação que já tomava conta da principal região do país. Em nome da “união do país”, como declarou Mazzoleni, o governo paraguaio passou a tentar conter a todo custo os manifestantes.

A manifestação em questão, se deu justamente em um ponto central do país. Próximo a sede da Polícia Nacional, ao Congresso e ao Palácio do Governo, que sofreu da fúrias dos manifestantes.

Após a manifestação, um grupo de ao menos 100 pessoas passou a organizar uma vigília em frente ao congresso exigindo a saída do atual presidente paraguaio. Toda a mobilização, foi impulsionada inicialmente por um chamado do sindicato de enfermeiras, em um ato que pretendia juntar parentes de pacientes para denunciar o genocídio causado pela política do governo paraguaio durante a pandemia.

Com algumas iniciativas em pequena escala durante a semana, o ato de sexta-feira serviu para dar um estopim para uma mobilização de grandes proporções. Atraindo a total revolta do povo paraguaio, o que era para ser mais um ato tornou-se uma grande mobilização de massas.

O país, assim como os vizinhos, sofre os ataques da política imperialista e de um governo golpista. A vacina, é uma grande farsa, cercada de promessas mas sem nenhum plano de vacinação para toda a população. Em uma crise onde há falta de mantimentos, colapso do sistema de saúde e um aprofundamento da repressão contra a população. A população paraguaia chegou a um ponto de ebulição.

O caso paraguaio, muito se assemelha a situação brasileira e de outros países na América Latina. O povo encontra-se completamente radicalizado, esperando apenas uma oportunidade para por a baixo o regime político. Assim como no Brasil, o Paraguai está em uma profunda crise econômica e social, e com o desenvolvimento da pandemia, o país encontra-se em completo colapso.

As manifestações no Paraguai, devem ser consideradas um exemplo para a esquerda brasileira e um recado da população sobre os verdadeiros interesses da classe trabalhadora. Assim como no Paraguai, a esquerda brasileira necessita impulsionar a mobilização popular contra o governo Bolsonaro e todo regime golpista.

O chamado pelo Fora Bolsonaro deve acompanhar todas as reivindicações populares de combate à pandemia, como demonstrados no exemplo paraguaio, e tornar-se um ponto de partida para a defesa dos direitos da população, da candidatura de Lula e de um governo dos trabalhadores.

O cenário de crise na América Latina aprofunda-se rapidamente. A classe trabalhadora encontra-se cada vez mais em um ponto de inflexão e esta mobilização necessita ser organizada em todo continente, contra o genocídio organizados pelos governos golpistas e contra os brutais ataques do imperialismo.

Os paraguaios vem mantendo a mobilização. A vigília formada é um exemplo da vontade popular de lutar nas ruas, o povo, continua sendo obrigado a trabalhar em plena pandemia, enquanto suas famílias morrem, dia após dia devido a política genocida dos governos golpistas. Esta revolta, precisa assim ser canalizada na luta contra o regime político, em torno de um governo dos trabalhadores, seja no Paraguai, seja no Chile ou no Brasil.

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