No último ano a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro foi desastrosa. As queimadas no ano de 2019 foram quase o dobro que no ano anterior. Órgãos de fiscalização tiveram cortes de verbas que impediram de cumprir seus papéis e o presidente ainda apoia publicamente a destruição, tanto do meio ambiente, quanto de tais órgãos.
No total, em 2019, houve 318 mil km² de área florestal queimada, o que representa 86% a mais que o ano anterior. Destas áreas, a mais afetada foi, percentualmente, o pantanal, que, com 20.835 km² devastados, teve um aumento de 573% nas queimadas em relação ao ano anterior.
De acordo com o site de notícias UOL, os percentuais de aumento de queimadas e as áreas são os seguintes:
Pantanal – 20.835 km² (alta de 573% em comparação a 2018)
Pampa – 1.398 km² (alta de 127% em comparação a 2018)
Caatinga – 55.536 km² (alta de 118% em comparação a 2018)
Cerrado – 148.648 km² (alta de 74% em comparação a 2018)
Amazônia – 72.501 km² (alta de 68% em comparação a 2018)
Mata Atlântica – 19.471 km² (alta de 46% em comparação a 2018)
As áreas atingidas pelas queimadas são equivalentes a 44,5 milhões de campos de futebol, o que equivale a mais que os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro juntos.
A situação no Pantanal tem agravantes, como o das queimadas terem começado antes do período que geralmente ocorre e terminado somente em dezembro, além de os Estados não terem aparato adequado para o combate dos incêndios.
No Cerrado e na Amazônia as queimadas também aumentaram muito, e ao que tudo indica, no País todo, não se trata da combustão natural, pois a maioria dos focos de queimadas se deu em locais próximos a centros urbanos ou rodovias, o que implica a participação de interessados na devastação ambiental para fins, principalmente da pecuária, como apoia abertamente o presidente.
O atual governo não possui uma política ambiental que não seja a devastação do meio ambiente em prol do lucro dos latifundiários.
De acordo com Cássio Bernardino, analista de Conservação do WWF-Brasil, “Houve uma retórica governamental, uma mensagem de que o meio ambiente é um recurso que pode ser explorado de qualquer forma, e que a proteção pode ser uma ameaça o desenvolvimento. De outro lado, tivemos menos ênfase nos mecanismos de sistema de comando o controle. Tivemos menos fiscalização e menos equipes em campo” (UOL).
Para que a destruição ambiental seja contida, antes que chegue a um ponto irreversível, é necessário que o governo entreguista de Jair Bolsonaro tenha fim, para isso é imprescindível a mobilização dos movimentos sociais sob a palavra de ordem de Fora Bolsonaro, enquanto ainda há o que ser preservado.