Da redação – A greve dos petroleiros completa dez dias nesta segunda-feira (10), com a adesão de 20 mil trabalhadores, que paralisaram 92 unidades da Petrobras em 13 estados do País.
Dentre essas unidades, estão 40 plataformas, 18 terminais, 11 refinarias, 20 unidades operacionais e três bases administrativas.
O Terminal Aquaviário da Bahia de Guanabara (TABG), no Rio de Janeiro, é um dos 18 terminais da Transpetro cujos trabalhadores aderiram à greve nacional da categoria. São 92 unidades mobilizadas em todo o Sistema Petrobras.#PetroleirosPelaSoberania #PetrobrasÉdoBrasil pic.twitter.com/x4KKpKViGw
— Federação Única dos Petroleiros (@FUP_Brasil) February 10, 2020
O movimento grevista tem sofrido diversos ataques brutais do Estado controlado pelos golpistas. No meio da semana passada, o ministro fascista do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, impôs uma multa de R$ 500 mil aos sindicatos e estabeleceu que 90% dos trabalhadores devem manter suas atividades durante a greve, ou seja, quer que a greve não seja uma greve.
Além disso, o TST bloqueou as contas dos sindicatos.
No final de semana, a Petrobras iniciou a contratação de fura-greves, afirmando que o mesmo Tribunal autorizou essa medida. Isso é mais uma prova cabal do lado em que se encontra – e em que sempre esteve – a Justiça do Trabalho: do lado do capital, não do trabalho.
Petroleiras e Petroleiros, luta e resistência ✊?
Atenção Castelo Branco! @petrobras@FUP_Brasil#PetroleirosPelaSoberania #GreveNacional pic.twitter.com/T4sX4tBy9r
— Sindipetro-ES (@sindipetro_es) February 10, 2020
Os grevistas, para impedir que o movimento seja sabotado e sufocado pelas ações da diretoria bolsonarista da empresa, do TST e das forças de repressão, devem organizar piquetes nas portas das unidades paralisadas para garantir o direito de greve.
A paralisação ocorreu no último dia 1º devido à demissão de mais de mil trabalhadores petroquímicos da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR), em Araucária, e o anúncio de seu fechamento pela Petrobras, em janeiro. Desde a metade daquele mês os funcionários da empresa se encontram paralisados, e seu movimento ganhou o apoio de petroleiros do Brasil inteiro, uma vez que a luta dos petroquímicos de Araucária é a mesma luta dos petroleiros do País inteiro: contra as demissões, as privatizações e pelo Fora Bolsonaro, que é o responsável direto pela destruição da Petrobras e sua entrega aos grandes monopólios petrolíferos.