Nessa quarta-feira (02) realizou-se na praça do Buriti, em frente à sede do governo do Distrito Federal, um ato, organizado pelo Sindicato dos Urbanitários de Brasília (STIU/DF) no qual os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB) fazem parte, contra a privatização da empresa. O ato, além da participação dos trabalhadores da CEB, contou com a presença de diversas organizações sindicais, tais como a CUT/DF, Sindicato dos Bancários de Brasília, Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultura do GDF, Sindicato dos Enfermeiros do DF, Sindicato dos Odontologistas do DF, Sindicato dos Professores, Sindágua DF, também contou com a participação de entidades políticas, Partido dos Trabalhadores (PT), Unidade Popular (UP), UJS, MRT e Partido da Causa Operária (PCO), ato esse que teve como tema principal a luta contra a política neoliberal do governo do DF de entregar a totalidade do patrimônio do povo de Brasília nas mãos de meia dúzia de capitalistas parasitas.
O ato também é parte da continuidade da greve dos trabalhadores da CEB, decretada no último dia 01, que se encontram em data base e, tem como pautas principais a manutenção dos seus direitos garantidos do acordo salarial passado (a direção golpista da empresa pretende excluir 24 cláusulas do acordo coletivo, dentro delas a estabilidade no emprego) e contra a privatização da empresa, onde a data do leilão está marcada para o dia 04 de dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa).
O governador golpista do DF, Ibaneis Rocha (MDB), pretende dar o tiro de misericórdia para a privatização, uma das empresas estatais mais importantes da cidade, que é responsável pelo abastecimento de energia elétrica de todo do DF, por um preço de banana. O leilão da CEB é parte de uma série de privatizações que vem acontecendo na Capital Federal, recentemente o governador fascista, Ibaneis, entregou um dos mais bonitos projetos arquitetônicos da cidade, projetado por Oscar Niemeyer, a Torre Digital, que agora será explorado por um capitalistas com o objetivo, único e exclusivo, do lucro. Já foram privatizados também o Estádio Mané Garrinha, Ginásio Nilso Nelson, Parque Aquático, Parque
Ecológico Água Mineral e estão na mira já para o próximo ano o Metrô, Estacionamentos do DER/Detran, Caesb, Banco de Brasília, dentre outras, sendo que a bola da vez, nesse exato momento é a CEB.
O Pco se fez presente no ato e fez um chamado à todas as organizações dos trabalhadores presentes, principalmente a CUT, de que a única forma de barrar a privatização é através do aprofundamento dos métodos tradicionais de lutas dos trabalhadores, ou seja, os trabalhadores, que já se encontram em greve, devem ocupar a empresa até que as suas reivindicações sejam atendidas.
Os métodos de pressionar parlamentares, Ministério Público, STF, já se mostraram totalmente ineficazes, somente a luta real da classe trabalhadora poderá impedir a ofensiva reacionária da direita golpista que visa entregar o patrimônio do povo brasileiro para satisfazer o apetite dos grandes capitastes.