Agora está claro para que serviu o propósito do movimento mulheres contra Bolsonaro. Junto a toda campanha política que foi realizada pela burguesia contra a polarização e “radicalismo”, que representam o PT, através da figura de Lula (com Haddad como representante), e também o candidato do PSL, militar da reserva, Jair Messias Bolsonaro, a burguesia criou um movimento artificial, altamente impulsionado pelos capitalistas para criar um movimento da unidade nacional entre esquerda e direita, golpistas e não golpistas, “coxinhas” e “mortadelas”.
Durante as eleições, os candidatos que apresentavam um discurso com esse mesmo tom eram Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin. Com a diferença que Ciro Gomes tem uma característica mais leve, que não causa repúdio na esquerda ao contrário dos outros dois. A verdade é que esse discurso, supostamente democrático, está sendo sustentado pelo imperialismo, e Ciro Gomes vem assumindo o papel de defensor dos interesses imperialistas, com um discurso travestido de esquerda, o que faz com que ele ganhe tanto os votos da esquerda quanto os votos da direita.
O movimento #EleNão, em sua página oficial no facebook, lançou ontem, às 23 horas, quando não haveria mais possibilidade de contestar, já que hoje está proibido impulsionar posts no facebook, e vários militantes tiveram suas contas bloqueadas, um nota declarando voto no Ciro Gomes, o que realmente cairia bem para os golpistas, já que uniria setores de esquerda e da direita, que é o propósito exato do movimento, que tem em sua página oficial, na capa, a declaração: “sejamos conservadores ou progressistas, de direita ou esquerda e juntos declaramos: #EleNão”. Percebe-se então que Ciro Gomes se tornou um importante nome para a burguesia legitimar as fraudes por meio de eleições supostamente democráticas.