Em uma espontânea rejeição ao candidato fascista, Jair Bolsonaro, o movimento de mulheres se levantou contra o candidato por meio de atos disseminados por todo o país. A grande questão aqui, são os rumos que se tomou essas manifestações, que de uma clara rejeição ao fascismo e a tudo que Bolsonaro representa, o movimento tomou um viés direitista, apartidário e que transformou-se numa espécie de alavanca para o candidato real da direita, Geraldo Alckmin.
Com isso, um movimento que se iniciou por meio dos movimentos sociais e principalmente pela esquerda, teve o efeito reverso e muito bem aproveitado pela direita golpista, que faz com que a esquerda pequeno burguesa fique divagando na ilusão de que não podemos deixar a direita ganhar, assimilando a figura de Bolsonaro nesse sentido, sabendo que na verdade Geraldo Alckmin é o que verdadeiramente representa os interesses da direita e de seu candidato.
Incisivamente, esse movimento se destoa da verdadeira luta que está sendo travada, que é a luta contra o golpe, tendo apenas um programa vago de oposição e propriamente com viés direitista. Isso se confirmar no fato ocorrido na madrugada dessa segunda para terça-feira, onde a jornalista Rachel Sheherazade, postou em sua conta do Twitter a seguinte colocação: ” Sou mulher. Crio dois filhos sozinha. Fui criada por minha mãe e minha avó. Não. Não somos criminosas. Somos HEROÍNAS! #elenao”.
A jornalista que é abertamente a favor do golpe e que inúmeras vezes se colocou a favor de políticas que corroboram com a opressão das mulheres, representa a direita dentro de um movimento que tenta se demonstrar “isento”.
Portanto, de nada serve esse movimento tal qual vem seguindo, se não para manipular a insatisfação das mulheres com relação ao golpe e todas suas medidas e ao fantoche da extrema direita, para assim cooptar o movimento para uma espécie de cabo eleitoral de Geraldo Alckmin.