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Forças Armadas no comando

Eleito para presidência do STF, Fux pede “benção” dos militares

Fux foi eleito nesta quinta-feira para a presidência do Supremo Tribunal Federal, sua primeira ação, antes mesmo de assumir o cargo, foi correr atrás dos generais

Na última quinta-feira (25) o ministro Luiz Fux foi eleito o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação seguiu a tradição da casa, em que o ministro mais antigo que ainda não ocupou a presidência é eleito para o cargo. Rosa Weber foi eleita vice-presidente no mesmo dia. Ambos irão assumir no dia 10 de setembro, sucedendo o ministro Dias Toffoli, cujo mandato teve início em setembro de 2018. 

Indicado por Dilma Rousseff para seu cargo no STF, Fux logo se revelou como uma figura extremamente confiável, para a extrema-direita. Coleciona em seu histórico diversos ataques contra a esquerda, como a cooperação com Deltan Dallagnol e Sérgio Moro para a prisão ilegal de Lula, revelada pelos vazamentos das conversas entre o ex-ministro e o procurador, de onde saiu a frase “in Fux we trust”, proferida por Moro. Também foi ele quem proibiu Lula de dar uma entrevista para a Folha de São Paulo, em 2018 quando estava na cadeia. Essa proibição gerou críticas, ainda que superficiais, até da parte de seus colegas do STF.

Mais recentemente, acobertou Bolsonaro em diferentes processos criminais, suspendendo o processo de Maria do Rosário contra ele e suspendendo as investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Durante a crise do coronavírus, teve importante atuação em favor da política bolsonarista ao fazer campanha em uma coluna no Estadão para que não se liberasse presos das penitenciárias superlotadas e absolutamente insalubres do país, dizendo que “coronavírus não é habeas corpus”.

Com esse breve histórico da atuação do ministro, já se pode ter uma noção da forma como será conduzida o seu mandato como presidente do Supremo. Uma das primeiras ações executadas por ele antes mesmo de assumir foi a de já procurar generais e ministros do governo Bolsonaro, para fazer pontes tanto com as Forças Armadas quanto com o Poder Executivo.

Isso demonstra que quem dá as cartas de fato no STF são os militares. Villas-Bôas ordenou o Supremo prender Lula e fez diversas ameaças ao país quando se falava em soltá-lo, mesmo sua prisão sendo totalmente ilegal. O atual presidente do STF, Dias Toffoli, também tem boas relações com os militares, tendo como assessor o general Ajax Porto Pinheiro, que mantém o Tribunal sob seu controle. O aceno de Fux demonstra que ele pretende manter a situação da mesma forma. 

Levando esses fatos em consideração devemos concluir que todo o regime político se encontra nas mãos da burguesia, que controla os militares. Para a luta popular, não há caminho através dessas instituições golpistas, é preciso derrubar Bolsonaro e o regime de conjunto com o povo nas ruas.

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