As eleições para o Congresso da UNE reproduzem o mesmo esquema antidemocrático imposto pelo judiciário golpista, pelo Supremo Tribunal Eleitoral, o TSE, nas eleições nacionais e municipais. Ao contrário do que propagandeia a imprensa golpista, as eleições não são nada democráticas, são inúmeras as exigências para que se possa lançar um candidato, o número de documentos exigidos é gigantesco, a necessidade de cota para determinados setores, como as mulheres, isso sem falar que no final das contas quem define quem vai ou não vai ser candidato são os próprios juízes golpistas.
Todo este esquema antidemocrático, essa burocracia, visa impedir a participação popular nas eleições, principalmente a participação daqueles partidos que de fato representam os interesses do pobre e oprimido, como os partidos de esquerda, os quais não estão dentro do esquema dos partidos burgueses, que são financiados pelos grandes capitalistas, banqueiros, e possuem toda um aparato institucional para escapar da burocracia imposta pelo regime burguês.
Nas eleições para o Congresso da União Nacional dos Estudantes, a UNE, vigoram os mesmos instrumentos antidemocráticos. A exigência de um número de participantes por chapa, de cota para mulheres, negros, de documentos, tem o mesmo objetivo, impedir a participação dos partidos e das organizações menores no interior do Congresso da entidade.
É necessário exigir que os delegados para o Congresso da UNE sejam eleitos de maneira ampla, nas Assembleias estudantis, exigir o fim da burocracia na escolha dos representantes.