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Freixo está certo?

Eleições, “o ouro de tolo” da pequena-burguesia

A esquerda-pequeno burguesa se afunda na lama do sonho eleitoral

Ocorreu em São Paulo no último sábado plenária dos conselheiros da Apeoesp – Sindicato dos Professores de São Paulo – contando com a presença de mais de 600 conselheiros e que contou com a participação de dirigentes do PT, do Psol e do MST, respectivamente, Aloizio Mercadante, Guilherme Boulos e Gilmar Mendes.

Essa polêmica não  visa discutir diretamente as declarações políticas desses dirigentes, todas, em maior ou menor medida, defensoras da “frente ampla”, da política de “unidade nacional” contra Bolsonaro. Ou seja, a defesa de que a esquerda embarque no mesmo navio dos golpistas de 2016, que derrubou Dilma Rousseff, perseguiu, prendeu e cassou Lula e garantiu a eleição do fascista Bolsonaro.

Em sua inscrição no debate da plenária, um companheiro do PCO, conselheiro da Apeosp, denunciou essa política, como uma política de colaboração com os verdugos do povo brasileiro e que têm como propósito atrelar a luta do povo à política dos governadores que expressam uma das alas da burguesia, a sua ala mais pró-imperialista, composta pelo PSDB, DEM, MDB e por aí vai.

Diante dessa crítica, o ex-deputado e ex-ministro do governo Dilma, Aloizio Mercadante, saiu em defesa do deputado Marcelo Freixo, do PSOL.

Em uma declaração para lá de realista, Mercadante  “explicou” que o parlamentar era candidato a prefeito do Rio e que tinha dificuldades de penetração em certas áreas da cidade dominada pelas milicos e pela direita e que, por isso, buscava com o apoio a Mandetta [ o ministro de extrema-direita, perseguidor de mulheres por aborto] e por isso estava certo em fazer média com a direita “porque ele precisa de voto’’.

 

Reveladora, porém não inusitada, a declaração de Mercadante. No afã de defender Freixo, explicitou o que é a política em “defesa da democracia”, da “frente popular” e, em última instância, a política de “unidade nacional”, que pode ser resumida em uma palavra mágica: eleições!

 

Na essência, o que importa para a política pequeno burguesa não é o fato de que o Brasil está sob um golpe de Estado para permitir uma rapinagem sem limites da riqueza nacional, muito menos que o País está sendo dirigido por um fascista que, juntamente com todos os golpistas, independentemente de suas matizes, querem descarregar a crise sobre as costas dos trabalhadores.

 

Eleição eleição, eleição! Esse é o horizonte da pequena burguesia de esquerda que enxerga no parlamento, na administração de prefeituras e quiçá dos estados, a defesa dos seus próprios interesses.

 

No afã da defesa dos seus interesses mesquinhos, mesmo que irrealizáveis, pouco importa o povo, as dezenas de milhões de pessoas que perdem o emprego, outras dezenas que sequer têm emprego, todos sujeitos ao duplo flagelo de não ter como sobreviver e sujeitos a morte pela epidemia.

 

O que vale, e é todo o cálculo no final das contas, é a eleição! Pouco importa se já estamos sob um golpe militar.  É ter um cargo! Isso, por si só, já é denunciador do que é a esquerda parlamentar.

 

Apesar de todo esse sonho quimérico de Freixo e seu “advogado” Mercadante, a realidade é outra, é a luta de classes e, diante dessa realidade, Freixo, Mercadante e os defensores da “unidade nacional” se colocam do outro lado da trincheira. Estão com a burguesia contra os trabalhadores.

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