Uma das campanhas centrais da burguesia entre os explorados é a defesa do “sem-partidarismo”, que cresce na proporção direta em que o desprestígio dos partidos tradicionais da burguesia e sua tendência à dissolução se acentuam.
Ao lado da campanha da direita contra os partidos, no interior das organizações sindicais esta aparece como um dos últimos recursos de setores da burocracia sindical, uma arma contra a evolução política dos trabalhadores a qual representa um perigo para a burocracia sindical ligada aos partidos burgueses e pequenos burgueses.
Representado pelo Psol, PSTU e seus satélites, partidos da esquerda pequeno burguês, que na atual etapa de eleição para o Sindicato dos Bancários de Brasília para o próximo triênio 2019/2022, se lançaram na campanha como “oposição” bancária, chapa 2, com o discurso de “sindicato independente de partidos” como uma fachada para sua política de submissão e defesa das posições patronais, disfarçada de “oposição”.
Os argumentos de “independentes” são coisas sem qualquer futuro diante da evolução da crise econômica e política, que pressiona no sentido de uma polarização cada vez maior entre as posições da burguesia imperialista de esfolar os trabalhadores para sustentar o parasitismo do capitalismo falido e as posições de vanguarda revolucionária de organizar a classe dos trabalhadores em um partido próprio para expropriar a burguesia e derrotar o capitalismo.
Essa dita “oposição” faz o papel de delator na categoria bancária, na eleição passada realizou uma campanha onde reproduziu as mesmas palavras dos golpistas nos bancários, alardeavam que o sindicato e a Contraf/Cut eram “governista”, apoiaram o “Fora Dilma”, a criminalização do PT, o que de fato é um apoio à política dos agentes do imperialismo norte-americano, tais como o Mussolini de Maringá, Sérgio Moro.
Essa “oposição”, além de levar uma política direitista contra as organizações dos trabalhadores dentro da categoria bancária, são uns verdadeiros charlatões ao defenderem a “independência de partidos” quando vários integrantes da chapa são filiados ao Psol/Intersindical e Pstu/Csp-Conlutas.
Tais agrupamentos centristas constituem apenas uma espécie de armadilha, um pântano onde os trabalhadores podem cair quando estão se deslocando para a esquerda. Em tais condições, uma questão fundamental é remover o pântano, denunciar seu caráter reacionário, desmascarando o serviço à burguesia que tais grupos prestam.